“Não podemos realizar eleições sob o manto da desconfiança”. Disse Jair Bolsonaro (PL) aos embaixadores nesta segunda-feira, 18, no Palácio do Planalto.
A desconfiança é meramente dele e de outros aloprados que o cercam.
Isso, verdadeiramente, ecoa como um atentado à democracia e ao estado democrático de direito, transmitido para representantes legais de outros países.
É como se ele estivesse a dizer-lhes que vai dar um golpe para não ter eleição, ou para não aceitar o resultado adverso que sair das urnas.
Bolsonaro é um sujeito avesso à democracia que mente, de forma descarada, para que prevaleça seu status de poder, o qual emergiu à base da ignorância, da intolerância e das constantes ameaças às instituições nacionais.
A repercussão de sua fala, dentro e fora do País, foi a pior possível, por que evidenciou seu desejo golpista e sua condição de mentiroso contumaz, no ataque contra a justiça eleitoral e às urnas eletrônicas das eleições brasileiras.
“Nós não aceitaremos tudo passivamente”. A ameaça é cristalina e o crime de responsabilidade no ato contra o sistema eleitoral do País é mais escancarado ainda.
E essas coisas acontecem em meio ao silêncio absoluto da mesa diretora da Câmara dos Deputados, principalmente do presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP). E mais lamentável ainda a boca de siri da Procuradoria Geral da República.
Enfim, deles, nenhuma manifestação sobre a chamada “arruaça institucional” de sua excelência.