12 de dezembro de 2024Informação, independência e credibilidade
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A fofura do discurso em libras e a enganação do falso empoderamento

Confesso que até eu fiquei surpreso quando a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, discursou em libras durante a solenidade de posse do “imbecil que está lá e não deveria estar” (SILVA, Fausto). Surpreso, porém, não encantado. Partindo desse povo, eu desconfio de tudo.

Vi pessoas que estão do lado bom da força elogiando a performance, muitos falando até em empoderamento… epa! Não se enganem bebês! No dia seguinte à posse o cidadão extinguiu a pasta do Ministério da Educação que trata das ações para pessoas surdas.

E de empoderamento, câncervadores não entendem nada, mas são traiçoeiros na hora de enganar o povo. Esses partidos se vangloriam de terem elegido mulheres com as maiores votações da história, a exemplo de Joice Hasselmann, para a Assembleia Legislativa de São Paulo. E numa das semanas mais trágicas para o Brasil, de a primeira-dama ter discursado antes do presidente.

O que eles não dizem é que estas mulheres de destaque só reproduzem o discurso machista e a manutenção do status quo. A ministra goiabeira, Damares, já defendeu a total submissão da mulher ao marido, conforme o livro sagrado dela, por exemplo.

Hasselmann, enquanto fazia o jogo dos caras, era bem tratada. Quando resolveu atuar e se posicionar foi rebaixada, acabou tomando no lugar onde a ministra dos Direitos Humanos disse ter visto Jesus Cristo.

É como o vereador Fernando Feriado (SP). Negro, gay e da periferia. Nossa, como os câncervadores são inclusivos, tão fofos. Mas procurem saber de quem são os projetos que atacam o Dia da Consciência e a política de cotas.

Surprise, modafoca!