25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Ação de deputado, Defensoria, OAB e familiares de apenados, leva governo a abrir visitas a presídios

As visitas estavam proibidas desde março por conta da pandemia do Covid

Após reunião com deputado e comissão de advogados e familiares, governo decidiu flexibilizar as visitas.

O governo de Alagoas vai reativar as visitas dos familiares de apenados aos presídios alagoanos, até o dia 15 de novembro, segundo anunciou a Secretaria Estadual de Ressocialização, ao deputado federal Paulão (PT-AL), à Comissão de advogados da OAB, Defensoria Pública e familiares de presos, que estiveram em visita ao presídio do Agreste, nesta quarta-feira, 21.

A visita ao presídio foi um convite formulado pela Secretaria, após a intervenção do deputado, em defesa do direito de visita dos familiares aos presos no Estado. As famílias estão sem poder visitá-los desde o mês de março, em consequência da pandemia do Covid.

Durante o encontro no Agreste, eles discutiram as formas e estratégias para que as barreiras sanitárias para a proteção da Covid sejam cumpridas. Na reunião, ficou decidido a princípio que as visitas acontecerão 1 vez por mês e delas não poderão participar idosos com mais de 60 anos, nem crianças.

Os familiares e presos também poderão gravar vídeos para a troca de mensagens, mas estas serão devidamente monitoradas pelo setor de inteligência da pasta de Ressocialização e dos presídios, para evitar que a segurança do sistema seja comprometida.

Fundamental – Para o deputado Paulão, o fundamental é que houve um avanço considerável nas negociações da famílias com as autoridades e a Defensoria Pública, considerando que os parentes dos apenados sequer eram ouvidos pelas autoridades.

-A gente compreende os cuidados que o Estado adotou no sentido de preservar a saúde de todos os envolvidos no sistema prisional e comprovamos no presídio do agreste a importância de todas as barreiras adotadas. Mas, agora com a flexibilização das medidas e abertura concedida a diversos setores, não se justificaria a imposição contra as visitas das famílias. Houve um primeiro passo e isso foi um sinal relevante para que a relação apenados e familiares volte a ser normal, futuramente. -Disse Paulão.