25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Advogada se revolta com polícia fechando festa clandestina em bairro nobre e grita ‘vai pra favela’

Evento em escritório de advocacia tinha ingressos de R$ 1.600 e show da dupla sertaneja Matheus e Kauan

A advogada Liziane Gutierrez virou símbolo de uma festa clandestina, com ingressos de até R$ 1.600 e que era realizada em um escritório de advocacia, até ser interrompida pela polícia na madrugada deste sábado (11).

Revoltada com ação, que teve como alvo a festa com pessoas sem máscaras e que reuniu cerca de 500 pessoas, além de um show da dupla sertaneja Matheus e Kauan, a advogada foi filmada pelo deputado Alexandre Frota gritando ‘vai pra favela’.

Advogada e modelo, ele tem como histórico uma desclassificação do concurso Miss Bumbum por ter colocado prótese de silicone nas nádegas. Gutierrez é bolsonarista e publicava fotos vestindo roupas com os dizeres #EleSim.

Desta vez, a influencer, que soma mais de meio milhão de seguidores nas redes sociais, apareceu revoltada com a ação da Força Tarefa de São Paulo. Ela ofendeu a equipe de fiscalização formada por agentes do Garra, da Polícia Civil, Guarda Civil Metropolitana, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Vigilância Sanitária e Procon.

A festa clandestina aconteceu no escritório do advogado Adib Abdouni, no Jardim Paulista. Abdouni aparece sem máscara no evento em vídeos divulgados nas redes sociais. A blitz chegou à festa após receber mais de cem denúncias sobre o evento. Vídeos mostram que os frequentadores da festa não utilizavam máscara de proteção individual.

“Um local que tinha que dar exemplo de não fazer festa, infelizmente promove um evento desse tipo com quase 500 pessoas sem máscaras. Temos que ter consciência do que está acontecendo em São Paulo e no Brasil inteiro. Isso é um mau exemplo”. Osvaldo Nico Gonçalves, diretor do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas).

Dupla Sertaneja

A dupla Matheus e Kauan afirmou, em comunicado à imprensa, que fora contratada para uma “pequena confraternização entre familiares e amigos” e que o contrato fora descumprido.

“No ato da contratação foi afirmado pelo contratante que seriam seguidos todos os decretos que regulam concentração de pessoas, adotando protocolos de segurança e que não haveria venda de ingressos. O departamento jurídico que assessora os artistas adotará as medidas cabíveis relativo ao descumprimento do contrato”. Nota da assessoria da dupla.