
A conquista do Oscar por “Ainda Estou Aqui”, o longa de Walter Salles, que narra a luta de Eunice Paiva para encontrar respostas sobre o desaparecimento do marido durante a ditadura militar, foi o tema preferido pela imprensa do mundo inteiro, em reconhecimento ao grande filme brasileiro.
Para o jornal The Guardian, da Inglaterra, o título foi “um momento histórico para o Brasil no Oscar”. O jornal britânico também mencionou que o reconhecimento de Ainda Estou Aqui fortalece o espaço do cinema latino-americano na premiação, algo que só havia acontecido antes com Roma (2018) e Parasita (2019).
O feito do cinema brasileiro também foi destacado pela agência Reuters ao citar o impacto da vitória para a indústria cinematográfica brasileira, classificando o filme como “um testemunho poderoso da resiliência de uma nação que ainda lida com as cicatrizes de seu passado.”
Já o New York Times enfatizou a mobilização popular em torno do longa e de sua protagonista, Fernanda Torres, cuja performance arrebatadora lhe rendeu uma indicação ao prêmio de Melhor Atriz.
O jornal lembrou que, nas semanas que antecederam a cerimônia, a imagem de Torres virou tema de fantasias no Carnaval brasileiro, algo que simboliza o tamanho da comoção nacional.
A imprensa internacional praticamente foi unânime em reconhecer que o cinema brasileiro é, mais do que nunca, uma referência para a cultura e a arte do mundo inteiro.