Está na Folha de S. Paulo: Ala do PT é favorável a anistia para Jair Bolsonaro.
O argumento é que ele anistiado se tornará muito mais fácil para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrotá-lo nas eleições de 2026, ao contrário de outros candidatos de centro direita. Na extrema direita, Bolsonaro tem aumentado a rejeição.
Para os marqueteiros isso é estratégia. Mas, na verdade, se não é excesso de pragmatismo, no mínimo, é o vale tudo nos fins para justificar os meios.
Claro que a Folha tem jogado duro em defesa do recrudescimento político no País. E neste caso, especificamente, a fonte citada pelo jornal é o próprio Jair Bolsonaro (PL), o mais interessado na anistia.
O tema surgiu nas articulações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), para eleger Hugo Motta (Republicanos-PB) para presidência da Câmara. Os bolsonaristas teriam colocado a anistia como condição para o apoio e, de acordo com a Folha, uma ala do PT teria concordado.
E a publicação cita uma fala do informante:
“Tem certos acordos, não vou enganar vocês, que a gente faz no tête-à-tête, não tem nada escrito, nem passa para fora. (…) A gente conversa, poxa, na mesa [de negociação] é igual namoro, você conversa tudo, vou casar: vai ter filho, não vai ter filho, vai morar onde, o que você tem, o que você não tem”, disse Bolsonaro ao ser questionado se a sua própria anistia foi colocada à mesa como condição para o apoio do PL a Motta na Câmara e a Davi Alcolumbre (União Brasil) para presidir o Senado.
Se o acordo vai ser selado mesmo, aquela história de “na política só não vi ainda boi voar” será institucionalizada.
E aí, tem jeito?