A Alexa+ é a nova fase da assistente virtual da Amazon, projetada para ir além das respostas básicas e se tornar uma inteligência artificial capaz de agir por conta própria. A proposta não é competir diretamente com ferramentas como o ChatGPT, mas evoluir a Alexa tradicional com recursos mais sofisticados. A nova versão entende linguagem natural, dispensa comandos específicos e realiza tarefas com mais autonomia. É o que a Amazon chama de uma IA agêntica: uma inteligência voltada para ação, capaz de interpretar pedidos e executá-los com base em conexões com outros serviços. A Alexa+ pode, por exemplo, reservar uma mesa em um restaurante, comprar ingressos para um show ou mandar uma mensagem para um contato — tudo isso enquanto atualiza seu calendário automaticamente.
Por trás dessa mudança está a plataforma Amazon Bedrock, que permite à Alexa+ acessar diferentes modelos de linguagem de grande porte, como o Amazon Nova e o Claude, da Anthropic. O sistema é agnóstico em relação ao modelo de IA, ou seja, escolhe automaticamente o mais adequado para cada tipo de solicitação. Além disso, a Amazon firmou parcerias com veículos como Reuters, The Washington Post, AP, Condé Nast e Business Insider, garantindo acesso a informações confiáveis e atualizadas que podem ser usadas para responder perguntas com mais precisão.
A Alexa+ também é multimodal, entendendo comandos tanto por voz quanto por texto, e sua capacidade conversacional foi aprimorada para responder de forma mais fluida e natural. Isso torna a interação mais próxima de um diálogo humano, eliminando a necessidade de memorizar frases exatas para controlar funções da casa, por exemplo. A nova assistente consegue entender contextos e agir com base neles, facilitando o uso em dispositivos já existentes. A Amazon anunciou que a Alexa+ será compatível com praticamente todos os aparelhos da linha Alexa lançados até agora.
Com preço de lançamento de US$ 19,99 mensais (cerca de R$ 113), a Alexa+ será gratuita para assinantes do Amazon Prime, passando a integrar o conjunto de serviços disponíveis na assinatura unificada da empresa. O lançamento ocorreu nos Estados Unidos em março de 2025, com suporte apenas para o idioma inglês. Ainda não há confirmação oficial sobre a chegada do serviço ao Brasil ou à Europa, mas há expectativa de expansão global — o que pode influenciar também no custo da assinatura Prime em mercados futuros.
