28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Alunos denunciam desmonte do Instituto de Línguas do Cepa, sem matrículas desde 2019

Estudantes cobram medidas para evitar fechamento do Instituto, que funciona hoje graças a doações e rifas

O Instituto de Línguas do Cepa não oferta novas vagas desde janeiro de 2019 e sofre um desmonte para o fechamento de suas atividades. É o que denunciam alunos da instituição, que funciona hoje na Escola Estadual Professora Maria José Loureiro.

Foto: Valdir Rocha

A situação é considerada caótica por quem frequenta o local e hoje são poucos os estudantes. O ânimo não é considerado dos mais motivadores e algumas das turmas possuem menos de 5 matriculados. E há cancelamentos quando aparece apenas um aluno, o que não vem sendo incomum.

Hoje são poucos os frequentadores nas salas de aula, exatamente os mesmos que mantém a sustentação das atividades, através de doações e rifas.

Referência no estado, o Instituto oferece aulas de português, inglês, francês e espanhol para interessados de diversos municípios, no horário da noite. Mas com professores tendo que usar a própria mão para apagar os quadros, alunos estão crentes no fechamento do local.

Brunno Feitosa, aluno de língua portuguesa, afirma que o governo do Estado não oferece nenhum tipo de ajuda. E que este problema é anterior ao afundamento do solo na região, provocado pela Braskem, e pela pandemia do novo coronavírus:

“É fato que muitos locais no Cepa estão sendo desativados, mas a questão do Instituto é muito mais antiga. Não há oportunidades para novos alunos. Eles querem mesmo fechar”. Brunno Feitosa.

Feitosa lembra que ele e a comunidade precisam do Instituto para melhorar sua qualificação, pois um segundo idioma é diferencial no currículo.

Afirmou ainda que o local não recebe nenhuma verba governamental e que a sustentação do Instituto acontece hoje graças a rifas realizadas pela própria comunidade.

“O que queremos é que o governador [de Alagoas, Renan Filho,] e o secretário [titular da Seduc, Rafael] Brito tenham uma boa vontade de mobilizar uma reunião para reverter este problema”. Brunno Feitosa.

O É Assim entrou em contato com a Assessoria de comunicação da Seduc (Secretaria de Educação de Alagoas), para mais esclarecimento sobre as denúncias e uma perspectiva do Instituto, mas não obteve resposta.