29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
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Animados, comerciantes se preparam para voltar, mas Ufal alerta: ainda não é hora

Expectativa do comércio é que seja aberta concessão de funcionamento a novos estabelecimentos

Com 46.296 casos confirmados de convid-19, e 1.297 mortes até agora (dados divulgados no final da tarde de hoje), Alagoas vive a expectativa do novo decreto do Governo estadual, previsto para esta terça-feira (14). O último, permitiu a reabertura das lojas do comércio central de Maceió – até 400m² – a partir do último dia 3 e liberou o espaço das praias para atividades físicas solitárias, na capital alagoana, que avançou para a faixa laranja, no arco-íris de cores que pintam a classificação de risco afrouxamento gradativo do isolamento social.

Os demais municípios permaneceram na faixa vermelha – de maior risco. Vivemos já há alguns dias a fase de interiorização da covid-19, com redução do número de casos na capital e aumento nas regiões interioranas.

Mas a expectativa, principalmente de comerciantes, parados há quatro meses – é que seja aberta concessão de funcionamento a novos estabelecimentos – e é possível que Maceió avance para a fase amarela, com a redução do número de mortes registrada nos últimos dias. Nesta segunda-feira, o boletim das últimas 24 apontou 16 óbitos – 2 na capital, mas mostra também que o número de contaminados continua aumentando.

Ainda assim, grandes centros comerciais já se preparam, antes mesmo do decreto governamental. Limpeza, higienização, organização de espaços, testagem de funcionários já dão movimentação aos shoppings de Maceió, organizando tudo para uma possível reabertura na sexta-feira. É o que eles esperam.

E eu, sempre me pergunto: Será que já é hora? E mais uma vez, acho que não!

Os números ainda nem refletem as consequências da flexibilização de 10 dias atrás. É muito cedo, considerando o período de incubação da doença.

E um estudo da Universidade Federal de Alagoas, divulgado nesta segunda-feira, acende um alerta. De frente para os números, os pesquisadores não vêm espaço para flexibilizar mais ainda. Em entrevista à TV Gazeta, o pesquisador Gabriel Badue explicou que a série temporal dos últimos 14 dias não apresenta queda constante em nenhuma das regiões estudadas, e recomenda: não é a hora de avançar para uma nova fase de flexibilização. Pelo contrário; segundo ele, os dados mostram que é preciso retroagir, para evitar algo pior.