Ao lado do ‘influencer do mal’, Tarcísio diz que cometeu erros na segurança de SP

Governador disse que precisa fazer uma reflexão profunda por ter dado um direcionamento errado na PM

O desastre da política de segurança pública adotada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, trouxe um certo desespero para o gestor que reconheceu publicamente os seus erros no caso.

O reconhecimento da tragédia paulista veio após a repercussão da nefasta atuação de policiais militares matando as pessoas, esmurrando mulheres, inclusive, idosas e até jogando suspeitos de cima de uma ponte.

Um modus operandi com roteiro dirigido pelo Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O mesmo que em palestras para novos policiais pregava a tese de que é “vergonhoso” para um policial não ter ao menos “três ocorrências” por homicídio no currículo.

Ou seja, para o “expert” o bom policial é o que mata pelo menos três. E essa tese foi bem absorvida pela polícia paulista. As mortes vão se sucedendo e as versões são as de sempre: “Houve confronto”.

Hoje, no entanto, as câmeras de celulares estão por toda parte, inclusive, nas periferias das cidades, onde acontece a maioria dos casos de assassinatos.

A população passou a reagir contra o arbítrio, a truculência e as operações criminosas expostas em vídeos. Daí, o governador que já havia dito para irem reclamar ao Papa, a ONU e a Liga da Justiça, “porque eu não estou nem aí”, agora sente o drama do erro histórico e se penitencia publicamente em evento na capital paulista nesta sexta-feira, 6 de dezembro.

“A gente comete erros também, e os erros que a gente comete têm reflexos. Nosso discurso tem peso, isso é fácil de ser percebido hoje. Tem uma reflexão profunda que tem que ser feita, de fato”.

E continuou: “Às vezes, as receitas tradicionais, como aumentar o efetivo, investir em tecnologia e valorizar as carreiras, são insuficientes. Nosso discurso tem peso. E, às vezes, se a gente erra no discurso, damos um direcionamento errado e trazemos as consequências erradas”.

Ao lado dele estava Guilherme Derrite, o influencer do mal

 

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