O ministro aposentado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, que declarou voto em Jair Bolsonaro (PL) em agosto, descreveu como “saudosismo puro” e “arroubo de retórica que não merece o endosso dos homens de bem” a proposta do atual presidente de ampliar o número de integrantes da suprema corte do país se reeleito.
“Saudosismo puro. No regime de exceção houve o aumento para 16 (AI-2). Logo a seguir a razão imperou. Arroubo de retórica que não merece o endosso dos homens de bem. O meio justifica o fim e não o inverso”.
Ele disse se considerar um “arauto da resistência democrática e republicana”.
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Eleitor de Bolsonaro
O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello declarou em entrevista ao UOL que votará no presidente Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo turno contra o ex-mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na avaliação do jurista, o governo federal buscou “dias melhores”.
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“Não imagino uma alternância para ter como presidente da República aquele que já foi durante oito anos presidente e praticamente deu as cartas durante seis anos no governo Dilma Rousseff (PT). Penso que potencializaria o que se mostrou no governo atual e votaria no presidente Bolsonaro, muito embora não seja bolsonarista”. Marco Aurélio Mello, ex-ministro do STF.
Marco Aurélio, que integrou o STF entre 1990 e 2021, também ressaltou a candidatura à Presidência da senadora Simone Tebet (MDB), mas disse que votará em Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno, caso ele apareça como mais viável na disputa.
O ex-ministro do STF é primo do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), ex-presidente da República que o indicou para ocupar a vaga no Supremo em 1990. Hoje, Collor é aliado de Jair Bolsonaro.