20 de março de 2025Informação, independência e credibilidade
Justiça

‘Aqui se faz aqui se paga’ diz Boulos após condenação de Pablo Marçal em SP

Acusado de promover a captação ilícita de recursos durante a campanha para a prefeitura de São Paulo (SP) Marçal foi julgado inelegível

O coach Pablo Marçal foi declarado inelegível por 8 anos pela justiça eleitoral do Estado de São Paulo, nesta sexta-feira, 21. A condenação se deu por abuso de poder político e econômico na disputa eleitoral de 2024

De acordo com o julgamento do  juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Marçal fez uso indevido de meios de comunicação social e promoveu a captação ilícita de recursos durante a campanha para a prefeitura de São Paulo (SP).
Ainda segundo a ação judicial, durante a campanha eleitoral ele prometeu enviar vídeos apoiando candidatos nas eleições municipais que transferissem dinheiro para a sua campanha.
A ação contra Pablo Marçal foi movida pelo PSB, partido da deputada Tabata Amaral (SP), que também disputou a as eleições municipais e pelo deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) que concorreu pela Coligação Amor por São Paulo.
Em sua decisão, o juiz declarou:  “Assevero que a conduta praticada pelo réu Pablo Marçal referente à venda de apoio político a candidato a vereador que não estivesse em partido de esquerda pelo preço de R$ 5.000 configura conduta altamente reprovável (gravidade qualitativa) e violadora dos princípios da legitimidade das eleições. Em relação à responsabilidade pessoal do réu, Pablo Henrique Costa Marçal, não há dúvidas de sua decisiva atuação em razão do engajamento direto e pessoal por condutas ilícitas praticadas em benefício de sua candidatura”.

Defesa do coach reage

Segundo o advogado Paulo Hamilton Siqueira Junior, que faz a defesa do ex-coach, “o conteúdo probatório produzido nas ações não é suficiente para a procedência da Ação de Investigação Judicial Eleitoral. Não há nenhuma doação ilícita. Em breve será apresentado recurso ao TRE-SP com os argumentos necessários para a reforma da decisão”.

Já o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que acusou Marçal de arrecadação ilícita e uso indevido da mídia durante o processo eleitoral,  disse no  X: “Aqui se faz, aqui se paga”.