
Um áudio do agente da Polícia Federal Wladimir Soares em que ele cita o plano de morte contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após as eleições de 2022, e onde ele diz que “estavam com Moraes na mira para atirar”, é mais uma prova elencada pela PF contra a organização criminosa denunciada pela Procuradora Geral da República ao STF.
O áudio faz parte do material apreendido com os 40 indiciados pela trama golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O agente federal Wladimir Soares também afirma qual armamento seria usado para o assassinato. O policial foi preso em novembro do ano passado sob a acusação de ter se infiltrado na segurança de Lula, então presidente eleito, para repassar informações sensíveis ao grupo investigado, cuja missão era recebida seroa para assassinar autoridades da República.
A prisão foi autorizada pelo STF após análises de material apreendido em posse de Sérgio Rocha Cordeiro, capitão da reserva do Exército e ex-assessor especial do Gabinete Pessoal da Presidência da República.
De acordo com a investigação, Wladimir Soares forneceu detalhes estratégicos sobre o esquema de segurança de Lula. Para a PF, seria parte do plano de morte.
A operação Contragolpe da PF desvendou um plano para que, dentro da trama golpista, o ministro Moraes, Lula, e seu vice, Geraldo Alckmin, fossem “neutralizados” por militares das Forças Especiais do Exército, segundo a PF. Quatro militares e Wladimir Soares foram presos.
O relatório da PF detalha como o grupo agiria, com militares em frente ao prédio onde o ministro morava, à época, na Asa Sul de Brasília, “de prontidão para o ato”.