É impressionante que entra governo e sai governo e o município de Porto de Pedras continua com um serviço precário de transporte intermunicipal, fazendo a travessia de veículos para Japaratinga pelo Rio Manguaba, com duas velhas balsas.
Neste período, de alta temporada, as costumeiras filas são quilométricas e o tempo de espera para a travessia chega a 2 horas. Um péssimo serviço para o turismo e, sobretudo, ao usuário.
O problema é antigo e tem um apurado cunho político, considerando que as duas balsas são propriedades de uma família que já administrou também a cidade.
Com isso, há mais de 40 anos o negócio funciona. No local, uma pequena ponte entre os dois municípios mudaria por completo a realidade do fluxo de passageiros na chamada rota ecológica da Costa Dourada alagoana. E atenderia aos interesses da coletividade.
No entanto, nenhum governante ainda se propôs a realizar a obra, certamente, com receio de perder o curral eleitoal controlado pelos proprietários da balsa.
Nesse período o serviço funciona das seis da manhã ate meia noite. Quem quiser atravessar em horários diferentes deve fretar a balsa.
O serviço -Nesse período o serviço funciona das seis da manhã até à meia noite. Quem quiser atravessar em horários diferentes deve fretar a balsa. Lá são duas balsas que cobram R$ 15,00 por carro transportado. Uma comporta quatro carros pequenos e a outra seis.
Ação do MPE – Em 2017, o Ministério Público Estadual chegou a abrir inquérito para invstigar a operação das balsas. A ação do MPE se deu via Promotoria de Justiça de Passo de Camaragibe.
A ação pretendia apurar indícios de irregularidades no transporte, considerando que, no entender do Ministério Público, não havia base jurídica legal que autorizasse a exploração das balsas por particulares.
Curiosamente, a investigação do Ministério Público não propesperou. A balsa continua numa rota importante do turismo alagoano. A operação se faz pela Sociedade Empresária S. V. da S. Saldanha – ME – “Transporte Costa Dourada”.
Que seja pública ou privada. O fundamental é que o serviço fosse de qualidade. Não o é. E o pior é que os órgãos de fiscalização silenciam nas ondas da conivência com o desserviço à cidadania.