Cresce o número de denúncias de golpes envolvendo o sistema de pagamento instantâneo brasileiro, o Pix. Por isso, o Banco Central diz que atualizou os mecanismos de segurança e verificação da ferramenta.
A mais recente novidade permitirá o bloqueio e estorno de valores transferidos em casos de suspeita de fraudes.
O novo mecanismo foi liberado na última terça-feira, 28 de setembro, e caso não seja suficiente para evitar transações fraudulentas, o Banco Central poderá ser responsabilizado.
A determinação integra as alterações nas regras de funcionamento do Pix publicadas no Diário Oficial da União na última quinta-feira, 30.
Conforme a atualização das diretrizes reguladoras definidas pelo próprio Banco Central, o órgão afirma que irá se responsabilizar “por fraudes no âmbito do Pix decorrentes de falhas nos seus mecanismos de gerenciamento de riscos, compreendendo a inobservância de medidas de gestão de risco definidas”.
Como bloquear e fazer estorno de Pix enviado para conta errada?
A partir do dia 16 de novembro, as instituições financeiras que ofertem o arranjo de pagamento do Pix poderão bloquear preventivamente verbas transferidas entre pessoas físicas. O bloqueio preventivo será ofertado sempre que um dos usuários solicitar revisão da transferência por suspeita de fraude e terá duração de 72 horas.
“Esse mecanismo permite que as instituições registrem uma marcação na chave Pix, no CPF/CNPJ do usuário e no número da conta quando há fundada suspeita de fraude”, explica o Banco Central.
As informações serão compartilhadas com as demais instituições sempre que houver uma consulta a uma chave Pix, dando mais subsídios aos mecanismos de prevenção das instituições à fraude.