Em conversa com a socialite Val Marchiori, no Palácio dos Bandeirantes, a primeira-dama de São Paulo, Bia Doria, extrapolou: ela disse que não se deve dar marmita para os moradores de rua. O motivo?
Porque eles precisam saber que têm que sair da rua, um local que hoje, segundo ela, é confortável para eles. Isso na cabeça de Bia, que, infelizmente, é presidente do Fundo Social de São Paulo.
“As pessoas que estão na rua… Não é correto você chegar lá na rua e dar marmita, porque a pessoa tem que se conscientizar de que ela tem que sair da rua. A rua hoje é um atrativo, a pessoa gosta de ficar na rua”. Bia Doria, primera-dama de São Paulo.
Bia Doria mulher do governador de SP, falando que não é para ajudar quem ta na rua, é confortável pra eles! Meu Deus que nojo desse povo! pic.twitter.com/Ck9xopIzbO
— M.O.T.A (@mota97fm) July 3, 2020
Claro, após soltar sua ideia privilegiada e quase que hedionda, a primeira-dama afirma que suas falas foram tiradas de contexto. Nem mesmo Val Marchiori entendeu o que ela quis dizer.
“Você estava me explicando e eu fiquei passada. Eles não querem sair da rua porque no abrigo eles têm horário para entrar, têm responsabilidades, limpeza, e eles não querem, né, Bia?”. Val Marchiori, socialite.
Sentadas lado a lado, elas usam máscaras durante parte da conversa, mas, claro, depois tiram. No início do encontro, brincam ao dizer que não as usar é passível de multa em São Paulo.
Bia afirma que “errou ao tirar a máscara para a entrevista, mesmo estando em uma ala residencial e privada:
Em relação aos comentários sobre pessoas em situação de rua, ela diz que “sua fala foi tirada de contexto”, e afirma que sua intenção “é que as pessoas em situação de rua tenham acesso aos abrigos públicos, onde terão alimentação de qualidade dentro das normas de higiene da Vigilância Sanitária, e uma condição de vida mais digna.
Ambas falam sobre os moradores de rua não quererem responsabilidade. Isso vindo de duas irresponsáveis e que, por serem socialites, recebem tudo o que foi criticado, é surreal.