Trocado pelo presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, o general Luiz Eduardo Ramos, Chefe da Casa Civil, reagiu ao perder o status de ministro do governo: -Fui atropelado por um trem. -Disse o militar.
Ramos não queria deixar o cargo de Ministro da Casa Civil e se chateou, por que o Centrão exigiu de Bolsonaro: “Ou dá ou desce”.
Nogueira e o deputado Arthur Lira são os líderes do Centrão, bloco que hoje faz o governo de refém, diante da fragilidade e impopularidade do presidente.
Com isso, o Centrão que já dominava as ações do governo, inclusive com direito a manipular o “orçamento paralelo” de R$ 11 bilhões, passa a agora a ampliar seus espaços dentro do Palácio do Planalto.
Corrupção – Ciro Nogueira (PP-PI) é velho conhecido da justiça e está denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Nogueira, senador pelo Piauí, é processado por receber R$ 7,3 milhões da Odebrecht em propina, em troca de benefícios à empresa.
Agora, entretanto, ele atuará dentro do Palácio do Planalto, ao lado de Bolsonaro, que se elegeu falando na “nova política”. E Ciro estará também na sala ao lado do general Augusto Heleno,
Aliás, Heleno é aquele homem que cantou em solenidade do governo aquela musiquinha conhecida: –“Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão”.