28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade

Marcelo Firmino

Marcelo Firmino é jornalista e publicitário com passagens em vários veículos de comunicação de Alagoas e do País. Foi presidente do Sindicato dos Jornalistas no Estado e Secretário de Comunicação da Prefeitura de Maceió. Nesse espaço reportará e analisará os fatos que influenciam na vida sociedade.

Quando a intolerância impõe o medo e cultua o estado policialesco

Quando a intolerância impõe o medo e cultua o estado policialesco

Blog, Marcelo Firmino, Política
Tempos difíceis estamos a viver em meio a onda inconsequente da intolerância, onde os homens expõem cada vez mais o seu verdadeiro eu, antes escondido a sete capas. É como se muita gente estivesse abrindo as portas do inferno e saindo em leva para cultuar o ódio e semear o medo. Aliás, não são poucos os que renegam o respeito ao semelhante para se sobrepor a eles pelo terror. Há quem tenha prazer em provocar o medo nos outros. Tempos difíceis e triste. Tempos sem princípios. Onde as pessoas aplaudem o arbítrio e a brutalidade por que são praticados contra aqueles que os enoja por alguma razão, mesmo que não tenham razão nenhuma. E isso é mais que abrir a porta do inferno. É escancará-la. Nessa onda estão hebreus e fariseus das bandas de cá. Nem mais e nem menos corruptos qu
Bolsa Família foi atacado pelos abastados como coisa de vagabundo

Bolsa Família foi atacado pelos abastados como coisa de vagabundo

Blog, Marcelo Firmino
Quando o Bolsa Família surgiu a elite brasileira passou a massacrar o programa social que excluiu da miséria milhares de famílias no País. "Dinheiro para alimentar vagabundo". Era o que se ouvia. Ou então: "É o bolsa esmola para essa corja"... E por aí vai. Voz geral. Os mais abastados contra o bolsa família. E todos eles querendo um "salvador da pátria" para acabar com isso e poupar o dinheiro público. Mas, eis que hoje o candidato dessa mesma elite estar a defender o 13º salário para os beneficiados do Bolsa Família. Ora vejam quem diria. Isso soa como o suprassumo do oportunismo político. Mas, a iniciativa veio depois da proposta do general Mourão de acabar com 13º salário para os trabalhadores brasileiros. Agora imagine que o senhor Jair Bolsonaro era radicalmente co
Eleição foi um fiasco para Collor e o filho que foram derrotados nas urnas

Eleição foi um fiasco para Collor e o filho que foram derrotados nas urnas

Blog, Marcelo Firmino
Na coleção das autoridades derrotadas nas eleições deste ano, o senador Fernando Collor de Mello (PSC) é uma das autoridades alagoanas que sai do processo abalado. Ou, extremamente enfraquecido. Candidatou-se ao governo e, pouco tempo depois, renunciou à candidatura ao descobrir que estava sozinho, praticamente sentado à beira do caminho vendo a caravana adversária passar. Saiu de cena, mas logo reapareceu com o filho, Fernando James, debaixo do braço: "Minha gente, este é meu filho Fernando James, neto de Arnon de Mello... Peço seu voto...". Era Collor de olhar fixo, senador e ex-presidente da República, pedindo votos para eleger o filho deputado federal. Não conseguiu. Fernando, o filho, recebeu 16.250 votos. Não se elegeria deputado estadual. Obviamente, que o sena
Muito além do ninho tucano, Rodrigo Cunha tem voo independente

Muito além do ninho tucano, Rodrigo Cunha tem voo independente

Blog, Marcelo Firmino
Eleito senador no último domingo com mais de 895 mil votos simbolizou a resposta de um eleitorado que não aguentava mais do mesmo. A vitória do jovem político foi transcendental. Independente de partido. Aliás, o partido dele só não sucumbiu de vez por que a vereadora Tereza Nelma salvou a vaga que os tucanos tinham, ultrapassando Pedro Vilela, sobrinho do ex-governador Teotônio Vilela. Ele, passeou na Câmara, e não soube o que fazer com o mandato. Cunha, então, aglutinou apoios espontâneos de todas as correntes da sociedade pelo ser que é até então. Recebeu votos de ricos e pobres, negros e brancos, corruptos e não corruptos. O mandato lhe espera. Lá, no Senado, o coco de roda é outro. O pisado é diferente.  As pautas nacionais vão se impor e o jovem parlamentar deverá estar
Cícero Almeida apostou no legado, mas não é um político do ramo

Cícero Almeida apostou no legado, mas não é um político do ramo

Blog, Marcelo Firmino
Fosse um político do ramo, Cícero Almeida estaria comemorando a vitória nesta segunda-feira. Exatamente por ser outsider está, naturalmente, lamentando o insucesso na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa. O deputado federal tinha a expectativa de se eleger estadual, mas não construiu os passos para alcançar o objetivo. Tinha  um grande potencial eleitoral, mas sem a malícia dos profissionais do meio para conduzir o processo. Voluntarioso, buscou o isolamento. Isolar-se na política é fatal. Isso, por si só, já revela também sua ingenuidade no processo. Termina uma carreira de forma triste. Particularmente, lamento, pois sei da pessoa boa que é. Tem seus defeitos como todos os humanos, mas nunca foi um ser do mal. Pelo contrário. Enquanto homem público contrariou
Ronaldo Lessa, Carimbão e Carimbinho: três derrotas surpreendentes

Ronaldo Lessa, Carimbão e Carimbinho: três derrotas surpreendentes

Blog, Marcelo Firmino
Duas derrotas surpreendentes para a Câmara dos Deputados chamam a atenção em Alagoas. A primeira de Givaldo Carimbão (PROS) e a segunda de Ronaldo Lessa (PDT), ex-governador do Estado. O eleitorado os puniu sem dó nem piedade. No caso de Carimbão, uma derrota dupla. Perdeu ele e o filho Carimbinho, que disputava a reeleição na Assembleia Legislativa. Há quem diga que a partir do momento que a igreja católica, a partir de seu arcebispado, carimbou o pai como persona non grata, os votos sumiram nesta eleição. A razão do rompimento não foram citadas. Nem a igreja revelou e muito menos se falou na Cidade de Maria. No caso do ex-governador Ronaldo Lessa, a derrota deixou atônitos os dirigentes pedetistas. Até agora eles tentam entender exatamente o que aconteceu para a queda
Biu de Lira perde a eleição para a estratégia de Renan Calheiros

Biu de Lira perde a eleição para a estratégia de Renan Calheiros

Blog, Marcelo Firmino
A derrota do senador Benedito de Lira (PP) começou a se desenhar quando, estrategicamente,  o senador Renan Calheiros (MDB) tirou Mauricio Quintella (PR) do grupo de oposição ao Palácio e trouxe para o seu lado. Aí Biu ficou só. O grupo de oposição foi buscar Rodrigo Cunha (PSDB) e este disparou na preferência popular, praticamente com seu voo solo, desgarrado do partido. Mas, além de Biu, a derrota atinge em cheio o prefeito Rui Palmeira (PSDB), que foi o grande cabo eleitoral do senador. Curiosamente, a situação se agravou quando o ex-governador Teotônio Vilela passou a pedir publicamente voto para o Benedito. Aí tudo piorou. Benedito, pode-se dizer tudo dele, mas nunca falar que não tenha sido um político trabalhador. Mas, enfim,  a própria fadiga do nome ajudou a derrot
Mulher espancada a eleitor votando com o cano do revólver. Veja vídeo

Mulher espancada a eleitor votando com o cano do revólver. Veja vídeo

Blog, Marcelo Firmino
Das imagens que correm nas redes sociais, entre os grupos alagoanos, duas chamam a atenção pelos atos de violência. A primeira de uma mulher que foi esmurrada por elementos ditos eleitores de Bolsonaro, apenas por que ela disse votar em outro candidato. O fato foi registrado em Boletim de Ocorrência Policial e divulgado pelo site TNH1. A mulher, espancada covardemente, foi a delegacia e prestou queixas contra três homens e uma mulher que a abordaram ao caminho do local de votação no bairro de Cruz das Almas. O outro episódio refere-se a imagem de um eleitor na cabine de votação digitando o número do candidato dele com o cabo do revólver. O fato remete a apuração da Justiça eleitoral. Aliás, pelas imagens,  uma investigação criteriosa pode muito bem chegar ao autor do ato irrespons
Eleições podem trazer Benedito de Lira na lanterninha para o Senado

Eleições podem trazer Benedito de Lira na lanterninha para o Senado

Blog, Marcelo Firmino
Lá em meados de 70, Ulysses Guimarães costumava dizer que resultado em eleição é como mineração: só se conhece após a apuração. Faz tempo que essa máxima deixou de ser segura. Hoje, no processo eleitoral, os resultados estão cada vez mais previsíveis. O modelo político, o sistema de compra de votos e a omissão das autoridades nesse processo deixa tudo às claras. Ou seja, dias antes das eleições sabe-se tudo sobre os eleitos. Pelo controle dos “currais” ou pela quantidade de “cadastros” amealhados pelos “cabos eleitorais”. As listas dos eleitos já percorrem à internet. O resultado é que pouca coisa se terá de mudança. Aliás, a última pesquisa do Ibope em Alagoas comprova isso. Renan Filho com 80% dos votos válidos e o demais... Sem ameaças. Na luta pelo Senado, Rodr
Apelo de Biu pelo voto do eleitor: ‘Rapaz me dê um; não custa nada’

Apelo de Biu pelo voto do eleitor: ‘Rapaz me dê um; não custa nada’

Blog, Marcelo Firmino
Algumas situações nas campanhas dos candidatos às eleições em Alagoas este ano são risíveis. Uma delas, por exemplo, é a forma do senador Benedito de Lira (PP) pedir voto ao eleitorado. No passado, ele usou uma dancinha desengonçada para atrair a atenção do eleitor. Deu certo. Foi eleito na frente dos adversários. Agora a situação não anda boa. De acordo com as pesquisas, ele é o terceiro na preferência do eleitorado. Mas, na eleição para o Senado o eleitor pode votar em dois candidatos. E é aí que Biu de Lira aparece cômico: "Rapaz, são dois votos. Me dê um pelo amor de Deus; não custa nada"... Esse tem sido o mote da campanha da reeleição. Um apelo simplista, onde ele espera convencer o eleitor a lhe beneficiar com o segundo voto. "Não custa nada". Olha que custa. Para os