Wagner Melo

Fico indignado com os ataques que a deputada Joice Hasselmann tem sofrido depois que teve desavenças com os cães raivosos. Ela chegou a chorar ao falar como isso afeta não só a “póbi”, mas também os filhos. Por outro lado, não consigo ter pena dela. Joice é daquelas conservadoras que criticam o feminismo e negam o machismo. E é hipócrita ao ponto de votar, trabalhar, dirigir e até viajar sem a autorização, por escrito, de um macho. Leiam algumas declarações da nobre deputada: “Eu vejo o feminismo como um machismo de sinal contrário”. “A veia boa do início do feminismo foi distorcida demais”. As frases demonstram que ela não entende nada de feminismo. Ou melhor, mede quem defende os direitos das mulheres pelas radicais. Sim, há aquelas amarguradas que, por elas, os homens seriam ex

Gente, não é que existe uma Associação Nacional de Juristas Evangélicos, uma tal de Anajure? Preocupante. Até na Justiça essa gente está se organizando para cumprir o principal mandamento de Cristo, segundo eles: promover a discriminação e a segregação de pessoas conforme sua orientação sexual. Esqueça amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a ti mesmo. O que vale é julgar e se incomodar ao ser julgado com a mesma medida. Hipocrisia mandou lembranças. O Jesus desses “cristãos” também disse: “Se baterem na tua face, puxe a arma da cintura e atire bem no meio da face de quem lhe bateu”. Voltado ao assunto, a última dessa galera foi uma petição ao Supremo Tribunal Federal  (STF) em defesa da política externa do atual governo, contra o que as velhas histéricas do Whatsap

Bolsonaro soltou os cachorros após o Jornal Nacional ter associado ele aos assassinos de Marielle Franco. Até a concessão da emissora foi ameaçada pelo mandatário. Mas acho que ele não deve estar muito preocupado com a suposta ligação feita entre ele e os matadores da vereadora. A questão é: se ele estava em Brasília, quem foi o homem que estava na casa dele e atendeu ao interfone? Mistéééério (risos). Esse leão, viu? Sei não....

Quem tem c*, tem medo, diz o ditado popular. Ainda mais quando uma p* do tamanho de um cometa está prestes a ser enterrada. Ah, o Queiroz... é um PC Farias com mestrado e doutorado. Finge-se de morto, mas áudios revelados pela Folha de S. Paulo revelam que é para dar uns pegas no coveiro. Estranha-me o silêncio da sociedade que era tão agressiva contra a corrupção. Nunca foi... Os moralistas que diziam defender a condenação apenas por indícios estão com as panelas no cometa. E a eleição na Argentina. O presidente com maturidade de uma criança da 5ª série já disse que não cumprimentará Alberto Fernández, eleito democraticamente pelos vizinhos. Não entendo, ele ajudou a elegê-lo ao declarar apoio ao opositor. Piadas à parte, a antipatia patológica isola o Brasil. E a

O que tenho visto é o povo nordestino colocando a mão na massa para conter a degradação ambiental provocada pelas manchas de óleo que poluem as praias da região com o litoral mais belo do país. O governo federal tem sido só balbúrdia. Enquanto isso, o presidente que nos trata de forma pejorativa – “paraíba” é a mãe! – passeia no Japão, sem agenda oficial, pagando mico com dinheiro público. O descaso é evidente. Numa de suas características mais deploráveis, o presidente aproveitou para disseminar teorias da conspiração, acusando países que tem como inimigos de ataques ao Brasil. Ridículo! Tem imbecil atacando os movimentos de defesa das mulheres, responsabilizando-as por não limparem a sujeira, acredita? Por que não cobra do governo que extinguiu comitês de contingência de inci

Imagine você sentar para tomar uma com os amigos e ser tratado como um criminoso ao ligar o som e botar aquele "bregão" de cachaceiro para tocar. Absurdo? Sim, mas já estamos a caminho disso, no que depender do deputado federal Charlles Evangelista (PSL-MG). É dele o projeto de lei que pretende criminalizar “qualquer estilo musical que contenha expressões pejorativas ou ofensivas”. Quem lê a descrição do projeto, sem prestar atenção nas entrelinhas, acha até legal a iniciativa, que diz querer combater letras que incentivem “o uso e o tráfico de drogas e armas; a prática de pornografia, a pedofilia ou estupro; ofensas à imagem da mulher; e o ódio à polícia”. A justificativa seria “garantir a saúde mental das famílias e principalmente das crianças e adolescentes”. Mas, não se

Já vi muitas mensagens bonitinhas pela passagem do Dia do Professor. Mas não consigo me enganar, não há o que comemorar. Juntamente com jornalistas e artistas, os professores estão entre as classes mais atacadas na atualidade. Se a vida fosse um filme, estamos no clímax, quando parece que o vilão está com a faca e o queijo nas mãos, prestes a vencer a batalha. Ainda esperamos a reviravolta. As três profissões que citei despertam o pensamento. No entanto, a massa com consciência é um perigo. Lembro de, durante uma viagem, ter visto uma imagem que ilustra este pensamento. Às margens da BR, um menino de uns seis ou sete anos conduzia um bovino de suas duas toneladas. Inconsciente da força que tem, a fera deixava-se domar, docilmente, pelo guri. Não vou me alongar, mas

Bolsonaro fez gracinha sobre a assinatura do diploma do prêmio Camões que foi para Chico Buarque. O grande artista deu uma tapa de luvas de borracha com pregos no cidadão quase iletrado: “[a não assinatura] é um segundo prêmio Camões”, desdenhou. O governo português vai agraciá-lo, independentemente da assinatura do Bozo. Bolsonaro não vai a Salvador para a missa de Irmã Dulce. Não quer desagradar os supremacistas nazipentecostais, dizem alguns. “[A ausência] é mais um milagre da santa”, afirmam católicos. O presidente é aquela pessoa desagradável, que ninguém quer por perto. Arrogante, autoritário e de visão estreita. Até no PSL, partido pelo qual se elegeu, é persona non grata. E o Brasil? Não quero nem pensar o que será de nós, diante de um líder que a cada dia se t

Bem que eu digo que as invenções mais frágeis do ser humano são a fé, a família tradicional e a masculinidade. E tenho elementos para afirmar isso. De 14 a 17 de novembro ocorre, nos arredores de Brasília, um evento chamado “Machonaria II”. Os conservadores patéticos querem resgatar a “masculinidade, espiritualidade e o empreendedorismo entre homens”. Os trouxas terão que desembolsar entre R$ 1.850 e R$ 2.950 para virarem machos “alfa”. Kkkkk As conquistas femininas assustam muito machão por aí, não é pastor Anderson Silva, líder da igreja Vivo Por Ti, que organiza a pérola? “Não teríamos tantas feministas decepcionadas andando por aí se os homens fossem melhores maridos e pais, porque a reação natural das mulheres de Deus é confiar e respeitar os verdadeiros homens de Deus”