Na esteira da campanha assumida para a eleição de Arthur Lira (PP-AL), à presidência da Câmara dos Deputados, o presidente da República, Jair Bolsonaro, vai recriar ministérios que haviam sido extintos para entregar o comando aos parlamentares do Centão.
Além da campanha do deputado alagoano, Bolsonaro também está envolvido diretamente para eleger o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado. Lá, tem como um dos maiores cabos eleitorais o seu mais novo “amigo de infância”, Fernando Collor de Mello ((Pros-AL).
Nesta sexta-feira, 29, Bolsonaro declarou que pretende recriar os ministérios da Pesca, do Esporte e da Cultura, que, hoje, têm status de secretaria.
Nas eleições de 2018, Bolsonaro prometeu enxugar o número de pastas do Executivo para 15, justificando que o gasto era ineficaz — contudo, com a recriação do Ministério das Comunicações, no ano passado, o governo chegou ao patamar de 23. Além disso, ele havia afirmado que recusaria acordos envolvendo a negociação de cargos em troca de apoio no Parlamento, mas isso também caiu por terra.
Mas, Bolsonaro alertou aos deputados que o surgimento de novos ministérios, segundo Bolsonaro, ocorrerá se Lira e Pacheco forem eleitos para as Presidências da Câmara e do Senado, respectivamente.