Aos gritos, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que os lucros registrados recentemente pela empresa são “um estupro”, beneficiam estrangeiros e quem paga a conta é a população brasileira.
Ele gritou como se não tivesse absolutamente nada com isso, mas tem. Foi o governo que institiu a política de preços dolarizada dos combustíveis no País.
Apesar dos berros, durante a live desta quinta-feira, 5, ele descartou interferir na companhia. Preferiu gritar à toa, fazendo o jogo conveniente para a sua claque de apoiadores em ano de eleição.
“Se tiver mais um aumento (nos preços dos combustíveis), pode quebrar o Brasil. E o pessoal da Petrobras não entende, ou não quer entender. A gente sabe que têm leis. Mas a gente apela para a Petrobras que não aumente os preços”, disse Bolsonaro.
Na estratégia de convencer seus apoiadores, disse que o lucro da estatal é “abusivo” e o classificou como “crime”. “Se aumentar de novo o preço dos combustíveis, o nome da Petrobras vai para a lama”, acrescentou.
Na verdade a Petrobras é uma estatal do governo brasileiro inflada de acionistas estrangeiros, mas o controle acionário é do Brasil que é o sócio majoritário.