O presidente Jair Bolsonaro determinou e o governo assumiu sem medidas, nem constrangimento nem pudor, a candidatura do deputado Arthur Lira PP-AL), para a presidência da Câmara.
A ordem é colocar ministérios e cargos, de empresas estatais, de conselhos, além de emendas parlamentares, para convencer deputados a votarem no líder do Centrão.
Bolsonaro quer tudo pela frente, menos o candidato Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pelo então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Além desses cargos, o site Panorama das Estatais, do próprio governo, aponta que existem 197 empresas estatais que podem servir de atrativo para indicados que ampliem os poderes, a visibilidade e a influência de parlamentares do Centrão, grupo onde Bolsonaro se formou politicamente e ao qual estará atado até o fim do mandato. Para completar, embora o Orçamento de 2021 tenha 93,7% da despesa primária como obrigatórias e pouco espaço para investimento, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o Fundo Nacional de Desenvolvimento em Educação (FNDE) e o Banco do Nordeste seguem atrativos.