28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Bolsonaro fala em auxílio até o fim do ano, mas diz que “R$ 600 é muito”

Internamente, o governo avalia que o auxílio foi responsável por impulsionar os índices de popularidade do presidente

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (19) que o auxílio emergencial deve ser prorrogado por mais alguns meses, podendo ser estendido até o final do ano. A declaração foi dada durante cerimônia, no Palácio do Planalto.

Segundo o presidente, o valor do benefício aos informais pesa nos cofres públicos e, por isso, deverá ser reduzido nos próximos pagamentos. 

“Os R$ 600 pesam muito para a União. Isso não é dinheiro do povo, porque não tá guardado, isso é endividamento. E se o país se endivida demais, você acaba perdendo sua credibilidade para o futuro. Então, os R$ 600 é muito. Alguém da Economia falou em R$ 200, eu acho que é pouco. Mas dá para chegar num meio-termo e nós buscarmos que ele venha a ser prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do ano”. Jair Bolsonaro, presidente.

Segundo Bolsonaro, o assunto foi tratado em um café da manhã nesta quarta com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Palácio da Alvorada. O presidente da República não informou se Maia manifestou apoio à proposta.

Integrantes do governo sinalizaram aos parlamentares que o auxílio deve ser prorrogado em R$ 250 até dezembro, num meio termo entre os R$ 200 defendidos por Guedes, e os R$ 300 sugeridos pela ala política do governo. Essa seria uma transição para a reformulação do Bolsa Família que o governo prepara com a unificação de outros programas sociais.

Na terça (18), a jornalista do G1 e da TV Globo Andréia Sadi informou que parlamentares defenderam, em reunião de líderes no Senado, a aprovação de mais uma parcela de R$ 600 e uma de R$ 300.

Vale lembrar, internamente, o governo avalia que o auxílio foi responsável por impulsionar os índices de popularidade do presidente, apontadas em pesquisa Datafolha na semana passada.