25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Bolsonaro fará desfile com tanques e mísseis durante votação da PEC do voto impresso

Na véspera da parada militar, Jair acusou o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, de “apavorar parlamentares” para barrar a votação

Em mais uma demonstração de cunho militar, o presidente Jair Bolsonaro marcou, para amanhã de manhã, o desfile com um comboio de veículos blindados, incluindo tanques de guerra e lança-mísseis.

Os veículos militares vão percorrer a Esplanada dos Ministérios e estacionará em frente ao Palácio do Planalto, curiosamente na mesma data da votação da PEC do voto impresso no Congresso.

E na chegada ao Planalto, o comandante do comboio desembarcará par uma cerimônia de entrega ao presidente do convite para presenciar o maior treinamento militar da Marinha no Planalto Central.

A Operação Formosa, marcada para a semana que vem, terá, além de veículos anfíbios, aeronaves, carros de combate, veículos de artilharia e lançadores de foguetes e a participação de 2.500 militares. E pela primeira vez na história contará com a participação do Exército e da Aeronáutica.

Foto: Sérgio Lima/PODER 360

PEC

Após diálogo com Arthur Lira, Bolsonaro já admite derrota da PEC (proposta de emenda à Constituição) do voto impresso. Em entrevista à Rádio Brado, Bolsonaro falou em “acordo” com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), mas não especificou detalhes sobre o combinado.

E às vésperas de um desfile militar, inventou de acusar o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, de “apavorar parlamentares” para barrar o avanço do voto impresso.

“Lira vai chamar para plenário, mas tivemos negociação antes, um acordo, vai ser derrotada a proposta porque Barroso apavorou alguns parlamentares. E tem parlamentar que deve alguma coisa na justiça, deve no Supremo. Então o Barroso apavorou, ele foi para dentro do parlamento fazer reunião com lideranças e praticamente exigindo que o Congresso não aprovasse o voto impresso”. Jair Bolsonaro, presidente.

Lira concedeu uma entrevista para a Rádio CBN na qual disse que Bolsonaro “garantiu que respeitaria o resultado do plenário”. Levantamento do jornal O Globo aponta que 15 partidos, que somam 330 deputados, são contrários ao voto impresso. Para aprovar a proposta, são necessários 308 votos a favor de um total de 513 deputados.