A posse da nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, nesta terça (5), virou um palanque político, com o presidente Jair Bolsonaro ignorado as acusações de assédio contra o ex-comandante do banco estatal, Pedro Guimarães.
Bolsonaro se limitou a dizer que o executivo foi afastado, mas depois corrigiu e falou que Guimarães foi quem pediu o afastamento. “Foi afastado o presidente da Caixa, tá respondido? Ou melhor, ele pediu afastamento, tá?”, disse em conversa com apoiadores.
“Não começa uma nova era aqui na Caixa, a Caixa continua. Tem agora uma presidente, que é competente, que mostrou lá atrás o seu valor, que lutou, que se empenhou. É difícil a gente ver mulher na economia”.
Além de atacar o STF, Jair defendeu seu governo e, mais uma vez, questionou a segurança das urnas eletrônicas.
A posse ocorria em solenidade fechada, mas o presidente transmitiu parte da cerimônia nas redes sociais e ignorou o período de defeso eleitoral, que impõe diversas restrições ao governo, como o veto à exaltação de realizações do Executivo.
Lira e Guedes
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, também estiveram no evento. Ambos exaltaram o desempenho de Bolsonaro à frente do governo federal e elogiaram a escolha por Marques para substituir Guimarães. Lira afirmou que o banco ganha uma “excelente executiva” com a chegada de Marques.
O chefe do Executivo afirmou que há um casamento “quase que perfeito” com o Legislativo e disse que espera que seja promulgada ainda nesta semana a PEC que autoriza bilhões para caminhoneiros, taxistas e Auxílio Brasil em ano eleitoral.
“90% do que eu faço depende do Parlamento e o Parlamento colabora, como vem colaborando agora nessa PEC, que foi aprovada pelo Senado e está na Câmara. Deve ser votada nesta semana e, se Deus quiser, promulgada nesta semana ainda”, disse.