20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Bolsonaro não é solidário nem no câncer…

Em duas decisões práticas e rápidas e ele expõe o seu caráter e o do governo dele

Bolsonaro: vetos que revelam o caráter do governo

Em meio à pandemia com mais de 550 mil mortos e o permanente negacionismo do governo, Jair Bolsonaro não consegue ser solidário nem no câncer.

Há duas coisas práticas e bastante emblemáticas para entender o caráter do governo dele.

A primeira, também na saúde, é que Bolsonaro vetou um projeto que facilitava o acesso a remédios orais contra câncer por meio dos planos de saúde.

Esse projeto beneficiaria milhares de pacientes que pagam caro para ter um plano de saúde, mas que não são assistidos como deveriam. O argumento foi de que isso iria impedir os planos de faturar mais.

Ou seja, a vida humana não importa. Lembra bem aquela história do “e daí(?) eu não sou coveiro”…

A outra história é o veto a lei que garantia ajuda financeira para as escolas públicas instalarem internet para o acesso dos alunos pobres.

O projeto foi aprovado pela Câmara e foi vetado pelo presidente, mesmo sabendo que o dinheiro para financiar o acesso dos estudantes e professores à rede mundial de computadores viria do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que são contribuições obrigatórias das concessionárias do sistema de telefonia.

Ou seja, quando o assunto é a dor do ser humano ou a necessidade de ajudar a pobreza não há nenhuma ressonância no governo de Bolsonaro.

Mas, por outro lado, quando se trata de ajudar a cúpula do Centrão aí se autoriza a liberação de R$ 4 bilhões para o Fundo Eleitoral bancar as campanhas das próximas eleições.

Dizer mais o quê?