Depois da pressão da Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quinta-feira, 11, que o governo deverá liberar o auxílio emergencial por mais 4 meses.
Disse ele que a alternativa discutida com os parlamentares é que o auxilio começará a ser pago em março, mas que não ficou definido o valor.
“Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda certeza – pode não ser – a partir de março, (por) três, quatro meses”, disse em conversa com jornalistas ao final de evento do governo em Alcântara (MA). “Isso que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal”, acrescentou.
O presidente não deu detalhes de quantas pessoas vão ser contempladas com essa nova rodada do auxílio.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já disse que a ideia é atender à metade dos 64 milhões de beneficiários que receberam no ano passado. Nem o presidente nem o ministro disseram como vão ser os critérios de seleção.
Mais cedo, durante evento de entrega de títulos de propriedade rural, Bolsonaro já havia sinalizado que o governo estuda conceder novas parcelas do auxílio emergencial “por alguns meses”.
Em janeiro, o presidente disse que a retomada do auxílio “quebraria” o Brasil. Agora, contudo, ele diz que vai ter uma nova rodada, mas que a retomada do benefício “representa um endividamento muito grande do nosso país”.