Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro eram, há bem pouco tempo, dois radicais contrários a criação da CPMF.
O famoso imposto cobrado nas movimentações financeiras de todos os mortais brasileiros.
A gritaria era grande e organizada no Congresso Nacional contra a cobrança, na época, proposta para ajudar no financiamento do Sistema Único de Saúde.
O imposto era tratado como uma chaga exploradora do povo brasileiro.
Agora, no entanto, o Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, querem a criação desse imposto a qualquer custo.
Paulo Guedes pediu inclusive que os empresários apoiem a criação de uma nova CPMF. Ele alegou que o imposto vai compensar o aumento da carga tributária que será sentido por setores como o de serviços, na primeira etapa da reforma tributária.
Ele vai propor a tributação das transações eletrônicas ao Congresso, o quanto antes, para juntar o pacote tributário com o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), em discussão com o parlamento.
O ministro fez questão de dizer aos empresários, em reunião nesta quarta-feira, 22, que não desistiu nem adiou o plano de propor a criação da nova CPMF, apesar das críticas recebidas pela proposta.
Segundo ele, o novo imposto compensará prejuízos que o setor possa vir a ter na primeira etapa da reforma tributária, enviada ao Congresso.
Hoje, o setor de serviços paga uma alíquota de cerca de 3,5%. Na proposta enviada por Guedes essa alíquota subirá para 12%.
De pronto, os empresários disseram que vão precisar repassar esse aumento de custo para o consumidor final, elevando os preços de serviços como os dos bares e restaurantes, dos salões de beleza e das academias.
Ou seja, além da queda, o coice…
O que é a CPMF?
A Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) foi um imposto que existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal. À época houve muita revolta do setor produtivo e da classe média brasileira com esse imposto
Agora, o governo pretende reeditar esse imposto sobre todas as transações bancárias de pessoas físicas e empresas, incluindo as movimentações feitas eletronicamente. Ou seja, nada escapará desse imposto. O ministro Paulo Guedes pretende enviar a proposta ao Congresso nos próximos dias.