28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
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Bolsonaro que era radical contra a CPMF agora quer criar o imposto

Ministro Paulo Guedes pede apoio a empresários para criar a nova CPMF

Até bem pouco tempo, a família Bolsonaro era radicalmente contra a CPMF

Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro eram, há bem pouco tempo, dois radicais contrários a criação da CPMF.

O famoso imposto cobrado nas movimentações financeiras de todos os mortais brasileiros.

A gritaria era grande e organizada no Congresso Nacional contra a cobrança, na época, proposta para ajudar no financiamento do Sistema Único de Saúde.

O imposto era tratado como uma chaga exploradora do povo brasileiro.

Agora, no entanto, o Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, querem a criação desse imposto a qualquer custo.

Paulo Guedes pediu inclusive que os empresários apoiem a criação de uma nova CPMF. Ele alegou que o imposto vai compensar o aumento da carga tributária que será sentido por setores como o de serviços, na primeira etapa da reforma tributária.

Ele vai propor a tributação das transações eletrônicas ao Congresso, o quanto antes, para juntar o pacote tributário com o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), em discussão com o parlamento.

O ministro fez questão de dizer aos empresários, em reunião nesta quarta-feira, 22, que não desistiu nem adiou o plano de propor a criação da nova CPMF, apesar das críticas recebidas pela proposta.

Segundo ele, o novo imposto compensará prejuízos que o setor possa vir a ter na primeira etapa da reforma tributária, enviada ao Congresso.

Hoje, o setor de serviços paga uma alíquota de cerca de 3,5%. Na proposta enviada por Guedes essa alíquota subirá para 12%.

De pronto, os empresários disseram que vão precisar repassar esse aumento de custo para o consumidor final, elevando os preços de serviços como os dos bares e restaurantes, dos salões de beleza e das academias.

Ou seja, além da queda, o coice…

O que é a CPMF?

A Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) foi um imposto que existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal. À época houve muita revolta do setor produtivo e da classe média brasileira com esse imposto

Agora, o governo pretende reeditar esse imposto sobre todas as transações bancárias de pessoas físicas e empresas, incluindo as movimentações feitas eletronicamente. Ou seja, nada escapará desse imposto. O ministro Paulo Guedes pretende enviar a proposta ao Congresso nos próximos dias.