19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Bolsonaro quer Feder no Ministério da Educação

Atual secretário do Paraná é o mais cotado para substituir Weintraub (e Decotelli)

O presidente Jair Bolsonaro convidou o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para comandar o Ministério da Educação após as saídas de Abraham Weintraub e de Carlos Decotelli.

Antes de Carlos Decotelli ser anunciado, na semana passada, Feder chegou a ser um dos mais cotados para chefiar o ministério, mas pesou contra o seu nome o fato de ele ter sido um dos principais doadores da campanha de João Doria ao governo de São Paulo, em 2018.

Entretanto, após a saíde de Decotelli, que nem chegou a entrar, Feder já iniciou os movimentos para se mostrar apto ao cargo. O empresário buscou até mesmo contato com Olavo de Carvalho por meio de alunos do escritor, só que não obteve retorno.

Nesta quinta (3), Bolsonaro afirmou que a situação da educação brasileira está “horrível” e em conversa com apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, prometia uma escolha talvez naquele mesmo dia.

Fraude

O empresário Renato Feder, escolhido para ser ministro, no passado, foi denunciado por sonegação fiscal e responde a processo milionário na Justiça de São Paulo, que corre em sigilo.

Feder e o sócio, Alexandre Ostrowiecki, administradores da empresa de informática Multilaser Industrial S.A., foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal (Coesf), por fraude de R$ 3,2 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O processo consta no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e ainda está em fase de tramitação. Em posicionamento oficial, a empresa informou que o processo é resultado de uma dívida que o governo paulista tem de R$ 95 milhões com a Multilaser, que venceu e não foi paga.