22 de março de 2025Informação, independência e credibilidade
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Bolsonaro vai ao Senado pedir o fim da Ficha Limpa para se livrar da prisão

Ex-presidente golpista, se reuniu com aliados em almoço para pedir anistia e fim da Lei da Ficha Limpa, pouco antes da denúncia da PGR

Denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) como chefe da Organização Criminosa que liderou a tentativa de golpe de Estado no País, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) agora aposta suas fichas na Lei da Anistia e na revogação da Lei da Ficha Limpa para se livrar da prisão.

No passado, Bolsonaro era defensor ferrenho da Lei da Ficha Limpa. Agora, flagrado na sujeira como chefe de organização criminosa, ele sonha com a revogação da lei para se beneficiar.

Exatamente nesta terça-feira, 18, Bolsonaro foi ao Senado Federal para almoçar com parlamentares aliados à sua causa fora da lei. A PGR ainda não havia divulgado seu relatório, mas a reunião bolsonarista foi para tratar dos dois projetos: Anistia e fim da Ficha Limpa.

O argumento é que está sendo perseguido, que é uma vítima, um inocente, homem de Deus, da Pátria, da Família, entre outras falácias, jogadas nas redes como joias da coroa. Se bem que neste último caso, nem é bom falar.

O roteiro das denúncias elencadas pela PGR contra Bolsonaro são graves e, constitucionalmente, difícil será ele se livrar do imbróglio criminoso em que se meteu, sobretudo, no que diz respeito ao ataque contra a democracia e o estado de direito no Pais.

Consta no roteiro o patrocínio de empresários do agronegócios, que financiaram a tentativa de golpe antes e depois das eleições presidenciais.

Estão ainda na denúncia as informações sobre o dia 12 de dezembro quando houve ensaio de rebelião, após o presidente eleito ser diplomado.

Um ataque à sede da Polícia Federal por bolsonaristas que saíram do acampamento no QG do Exército e atearam fogo a carros, além de tentarem jogar um ônibus do alto de um viaduto.

Mas, além de tudo estão as informações sobre o monitoramento de Lula, Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, dentro de um plano de assassinatos, revelado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

Mas, as mais de 250 páginas da denúncia da PGR trazem fatos e provas do conluio criminoso.