A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra uma “superlive” feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana, que contou com artistas, intelectuais e influenciadores apoiadores do petista nas eleições.
Os advogados de Bolsonaro argumentaram ocorrência de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação por parte de Lula, já que houve uma grande campanha de transmissão ao vivo do evento pelas redes sociais, bem como em bares e restaurantes em localidades distintas no Brasil.
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Lula e sua campanha “se valeram da junção de dezenas de artistas de renome, como forma de chamar a atenção para a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva e obter engajamento eleitoral em redes sociais”, argumentaram.
Os advogados dizem ainda que a realização do evento “megalomaníaco” às vésperas do encerramento do período de comícios acontece em um tempo que não tornaria hábil “qualquer conduta reativa dos adversários, edificável em homenagem à paridade de armas”.
Na ação, também houve posição contrária a uma suposta tentativa de Lula de “colonizar” as artes apenas em favor de determinado lado político.
A campanha do presidente pediu que as imagens da “superlive” sejam proibidas de estarem nas propagandas de Lula, e que os vídeos, retransmissões e imagens do evento sejam apagadas também das redes dos famosos presentes.
O evento foi o último grande ato da campanha neste primeiro turno, já que, pela legislação eleitoral, comícios só são permitidos até a próxima quinta (29), mesmo dia em que será realizado o debate entre os candidatos à Presidência na TV Globo. Lula quer evitar alta abstenção entre o eleitorado de 16 e 30 anos, que, apontam as pesquisas, é mais favorável ao petista.