O Bolsa Família era considerado “a esmola” que os governos passados favam para “os idiotas comprarem votos”, como chegou a dizer em debate, antes das eleições de 2018, o candidato Jair Bolsonaro.
Agora, com o aval do Congresso, o governo criou o Bolsa Caminhoneiro, Bolsa Taxista, Bolsa Gás e Bolsa Alimentação, às vésperas das eleições. O pacote da chamada “PEC Desespero” prevê gastos até dezembro de R$ 41,25 bilhões.
O pacote eleitoreiro foi aprovado na noite desta quinta-feira, 30, no Senado com apenas 1 voto contrário: o do senador José Serra (PSDB), que foi ministro da Economia do governo JHC.
Contra a Lei
Os parlamentares sabiam que a legislação brasileira impedia, em situação normal, a ampliação ou adoção de benesses em ano eleitoral, exceto em caso de estado de emergência ou calamidade.
O Brasil não vive atualmente em estado de emergência ou calamidade. E assim para blindar o presidente Jair Bolsonaro (PL) de eventuais punições da Lei Eleitoral, o governo articulou a inclusão na PEC um “estado de emergência nacional”, criticado pela oposição, que, apesar disso, votou a favor da proposta.