Brasil supera 30 mil mortos oficiais na pandemia e uma “profecia” messiânica (reversa) ou “promessa torta” de Bolsonaro, de uma forma ou de outra, acaba se cumprindo:
“Me desculpa, mas através do voto, você não vai mudar nada nesse País. Só vai mudar, infelizmente, quando partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando uns 30 mil. Começando com o FHC (então presidente). Matando! Se vai morrer alguns inocentes? Tudo bem!” Jair Bolsonaro, então deputado federal, em 1999.
O vídeo é o trecho de uma entrevista concedida por Bolsonaro ao programa Câmera Aberta, da emissora Band, em 1999. Na época, Bolsonaro era deputado federal e não tinha pretensões presidenciais.
Anos depois, vivemos em uma pandemia. E hoje ele não falou em “gripezinha”, histeria ou perguntou ‘e daí’. Não falou novamente ‘tudo bem’ sobre a morte dos inocentes. Mas disse que ‘é o destino de todo mundo‘ morrer.
Pois bem, agora em 2020, direta ou indiretamente (houve muita sabotagem nas formas de lidar com o vírus, visto que após a perda de dois ministros da Saúde, seguimos com um militar interino no cargo, além de uma completa insegurança democrática/institucional), o governo confirmou na noite desta terça (2) que o Brasil, por causa do novo coronavírus, já perdeu mais de 30 mil vidas.
Recorde infeliz
Segundo o Ministério da Saúde, já morreram 31.199. Somente nas últimas 24 horas, foram 1.262 óbitos confirmados. Entre os infectados, temos mais de meio milhão: 555.383.
O total de mortes confirmadas é maior número registrado no período de 24 horas. O recorde anterior era do dia 21 de maio, com 1.188 confirmações em um dia.
Ainda segundo a pasta, mais de 300 mil casos seguem em acompanhamento. Cerca de 223 mil pacientes já se recuperaram da doença.
O Brasil está atrás de apenas outros três no total de mortos pela covid: Itália (33.530), Reino Unido (39.451) e Estados Unidos (104.043). Considerando apenas os diagnósticos, o Brasil aparece atrás apenas dos EUA, com mais de 1.8 milhão de casos.