As eleições para a Câmara Municipal de Maceió resultaram na formação de uma bancada de oposição ao prefeito João Henrique Caldas (JHC) que pode resgatar o papel fiscalizador do Legislativo municipal no segundo mandato dele. Ao todo, 11 vereadores oposicionistas foram eleitos, representando diferentes partidos, como MDB, PSB, PT, PSD e Solidariedade. Esse cenário aponta para um possível aumento de embates políticos entre o Legislativo e o Executivo municipal.
O MDB, principal partido oposicionista, elegeu quatro vereadores: Zé Márcio Filho, Kelmann Vieira, Allan Pierre e Fátima Santiago. Com uma base consolidada, o partido promete fiscalizar com rigor a gestão do prefeito e questionar projetos considerados controversos pela sigla.
Pelo PSB, foram eleitos Milton Ronalsa e Thales Diniz, que, durante a campanha, já sinalizavam a necessidade de rever políticas públicas adotadas pela atual administração. Ambos deverão atuar de maneira ativa na Câmara, especialmente em temas como infraestrutura e serviços públicos.
A federação formada por PT/PV/PCdoB garantiu a eleição de Teca Nelma e Silvio Camelo Filho, que defenderão pautas progressistas, com foco em direitos sociais e políticas voltadas para saúde e educação. O grupo também critica a atuação de JHC em áreas como assistência social e desenvolvimento urbano.
O ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira, foi eleito vereador pelo PSD e traz para a Câmara sua experiência administrativa. Ele já declarou que seu mandato será voltado para a fiscalização da atual gestão, em especial nas áreas de saúde e infraestrutura.
O PDT terá representação com Aldo Loureiro, enquanto Silvania Barbosa, eleita pelo Solidariedade, também se junta ao bloco oposicionista. Ambos destacam a importância de manter um diálogo crítico com o Executivo, propondo alternativas que beneficiem a população e garantam maior transparência nos projetos municipais.
Com essa nova composição, a Câmara Municipal de Maceió deve se tornar um espaço de intensos debates nos próximos anos. A bancada de oposição, que agora representa um terço da Câmara, terá força para influenciar diretamente na aprovação ou rejeição de projetos do Executivo, o que pode dificultar a implementação de propostas de JHC.
A governabilidade do prefeito dependerá de sua capacidade de articulação política para tentar equilibrar as forças no Legislativo e garantir o andamento de seus projetos de governo. A população de Maceió, por sua vez, acompanhará de perto o desenrolar dessa relação entre a Câmara e a Prefeitura, que promete ser marcada por embates e discussões acaloradas.