No quadro atual de polarização eleitoral no País, a disputa se transformou em algo muito semelhante às guerras de torcidas organizadas do futebol.
Ou seja, violenta, baixa e irracional. Discernimento zero.
Se no plano nacional, postura, passado, presente, incompetência, violência, falta de sensibilidade e de sensatez de candidato não importam para o eleitorado, aqui em Alagoas não é diferente.
O eleitor escolheu um lado. E por ele releva tudo.
E assim, o candidato pode ser misógino, espancar a mulher, racista, fascista, pedófilo, estuprador, corrupto, enfim, o ser mais degradante da face da terra, mas é acolhido como peça de estimação dos gregos e troianos dos tempos atuais.
E nessa guerra o vale tudo é marcante nos disparos de mentiras, nos ataques a honra alheia, nas grosserias e ameaças, até nos ataques às imagens sacras em templos religiosos.
Sem falar nos xingamentos e perseguições contra bispos, padres e pastores.
Todos têm os seus “bibelôs” para adornar-lhes o ego e encher a alma de idiossincrasias. E muitos seus interesses inconfessáveis, sigilosos.
Mas, tudo isso tem uma dualidade marcante. A ignorância de uma parcela considerável da sociedade e os interesses de uma elite dominante, desde a colonização, no controle social.
A grande questão é que nunca se viu tamanha falta de senso e de racionalidade em uma campanha eleitoral como esta.
Ah, tem o viés ideológico de uma direita internacional radical, raivosa, armada e defensora das castas sociais. Mas, há também controvérsias e insensatez de setores sectários da esquerda.
Lamentavelmente, um problema de alta gravidade é o comportamento do eleitorado na disputa. Hoje, é muito ódio em jogo, à semelhança da era medieval.
Ou seja, do ponto de vista da organização social, o que se tem na campanha eleitoral é uma tragédia.