Os principais candidatos nas eleições para presidência da República criticaram o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), por usar a celebração do 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil, para fazer comício e campanha eleitoral.
Líder nas pesquisas e opositor a Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o Twitter para dizer que, quando era chefe do Executivo, nunca usou o 7 de Setembro para fazer campanha eleitoral.
A declaração ocorreu em vídeo, publicado na noite de hoje, após os discursos do presidente em Brasília e no Rio, inclusive, com ataques diretos a Lula.
Nunca utilizamos um Dia da Pátria para campanha eleitoral. Ao invés de discutir os problemas do Brasil, Bolsonaro me ataca, ao invés de explicar como a sua família juntou 26 milhões em dinheiro vivo para comprar 51 imóveis. O Brasil precisa de amor, não de ódio. pic.twitter.com/d4cx4RxTJU
— Lula 13 (@LulaOficial) September 7, 2022
“Quando presidente da República, eu tive a oportunidade de participar de dois [feriados de] 7 de setembro, um em 2006 e o outro em 2010, em época eleitoral. Em nenhum momento, a gente utilizou um dia da Pátria, um dia do povo brasileiro, o dia maior do nosso país por conta da independência, como instrumento de política eleitoral”.
O ex-presidente também afirmou que o concorrente deveria explicar como ele e familiares negociaram 107 imóveis desde 1990, dos quais ao menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro em espécie.
Simone Tebet (MDB) também criticou a postura do presidente, que puxou um coro de “imbrochável” e comparou a esposa, Michelle Bolsonaro, a outras primeiras-damas. A senadora disse que se sente “envergonhada e desrespeitada” e que o chefe do Executivo mostrou sua “masculinidade tóxica e infantil”.
Vergonhoso e patético! No dia da Independência do Brasil, o Presidente mostra todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil. Como brasileira e mulher, me sinto envergonhada e desrespeitada. +
— Simone Tebet (@simonetebetbr) September 7, 2022
“Vergonhoso e patético! No dia da Independência do Brasil, o Presidente mostra todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil. Como brasileira e mulher, me sinto envergonhada e desrespeitada”.
O presidenciável do PDT, Ciro Gomes, foi mais um que acusou Bolsonaro de utilizar as celebrações de 7 de Setembro para fazer “comício eleitoral”.
O chefe do Executivo iniciou o dia com presença em desfile em Brasília, partiu para o Rio de Janeiro para discursar e há expectativa que uma mensagem dele por vídeo seja exibida em São Paulo.
O presidenciável do PL evitou atacar o STF (Supremo Tribunal Federal), apesar de vaias dos apoiadores. Ao citar o Supremo, Bolsonaro não emendou em críticas aos ministros e limitou-se a dizer que “todos sabem” o papel da Corte atualmente.
Bolsonaro transformou o 7 de Setembro dos 200 anos da independência no mais desavergonhado comício eleitoral já feito neste país. E houve outras transgressões políticas, institucionais e morais seríssimas. Os brasileiros cobram uma ação da justiça!
— Ciro Gomes 12 (@cirogomes) September 7, 2022
No evento em Brasília hoje de manhã, Bolsonaro fez discurso eleitoreiro e puxou um coro de “imbrochável” após citar a esposa, Michelle, e compará-la a outras primeiras-damas. O presidente também a chamou de “princesa”.
A candidata à Presidência da República Soraya Thronicke (União Brasil) também criticou o discurso do “imbrochável” em Brasília pelo 7 de Setembro e a comparação de Michelle Bolsonaro com as outras primeiras-damas.
A senadora disse que essa informação “não interessa” ao povo brasileiro e que realmente importa é ter “um presidente incorruptível”.
Divorciado do respeito à data, em pleno 7 de Setembro, o presidente insiste em propagar q é imbrochável – informação que, sinceramente, não interessa ao povo brasileiro. O que o Brasil precisa, mesmo, é de um presidente incorruptível. Bolsonaro prima pela desqualificação.
— SorayaPresidente (@SorayaThronicke) September 7, 2022
“Divorciado do respeito à data, em pleno 7 de Setembro, o presidente insiste em propagar que é imbrochável – informação que, sinceramente, não interessa ao povo brasileiro”.