
O Centrão decidiu alinhar forças pela reforma ministerial do governo Lula e abraçou a defesa do nome do deputado federal alagoano, Isnaldo Bulhões, líder do MDB na Câmara, para o Ministério das Relações Institucionais, pasta responsável pela articulação política do governo.
O ministério pretendido tem como titular o ministro Alexandre Padilha, que costuma dizer que tem laços afetivos em Alagoas. Segundo relatou em várias ocasiões, sua mãe foi médica, durante o período da ditadura militar, na cidade de Paulo Jacinto, no Agreste alagoano.
Na pressão pelo ministério, o Centrão – sob o comando do senador Ciro Nogueira (PP-PI), do deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e agora do novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) – já mandou um recado ao Palácio do Planalto:
-Se Bulhões não for ministro, que assuma então a liderança do governo na Câmara.
O líder do governo atualmente é o deputado cearense José Guimarães (PT), que não conta com muita simpatia dos dirigentes do Centrão, hoje formado pelos partidos PSD, PP, União Brasil e Republicanos, mas com o MDB muito próximo do grupo.
Esse bloco de partidos foi o grande vencedor das eleições municipais, assumindo mais da metade das prefeituras brasileiras. Com a ocupação de novos espaços na Esplanada dos Ministérios, os líderes partidários vêm mais possibilidades de alianças no processo eleitoral de 2026, quando o presidente Lula poderá concorrer à reeleição.
Mas, a briga pela ocupação dos espaços vai ainda mais além. O Centrão também não abre mão da indicação do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, para um ministério de peso. Quer dizer, grande e de orçamento generoso.