As cidades de pequeno porte no Brasil, que mal conseguem arrecadar para pagar o funcionalismo público, vão enfrentar uma maré de dificuldades neste 2021, em consequência de tudo de ruim que o País viveu, ao longo de 2020.
Fico a imaginar o sofrimento dos novos prefeitos, pelo menos aqueles comprometidos verdadeiramente com os anseios da população, e logo me vem à mente a pequena e lutadora cidade de Paulo Jacinto, erguida numa região de fronteira entre a Zona da Mata e o Agreste alagoano.
Cidade pobre que já viveu tempos menos duros, durante o ciclo do algodão entre os anos 50 até meados de 60.
Hoje, a economia se faz presente, em maior conta, a partir do dinheiro pago aos aposentados, aos servidores públicos e do Bolsa Família. Claro, há fazendeiros, comerciantes, empreendedores, mas que são a minoria nos cálculos do PIB local. O quadro de dificuldades, portanto, é uma realidade nua e crua.
E hoje, Francisco Manoel Ferreira Fontan, o Chicão, assume a Prefeitura Municipal coberto de uma imensa expectativa por parte da população, que lhe consagrou uma vitória histórica, não permitindo a reeleição do ex-prefeito Marcos Lisboa.
A responsabilidade de Chicão é grandiosa. Ele entra como a novidade na gestão pública, com o carimbo da honestidade, da solidariedade, da transparência e da simplicidade que lhe acompanha.
Não poderá errar na gestão. Por ser um jovem com visão e tradição no meio político tem tudo para se destacar como um dos melhores prefeitos da história do município
Mas, certamente não fará milagres. A conjuntura econômica e financeira não permite. No entanto, chega com credibilidade popular para fazer diferente.
A confiança dos paulojacintenses é muito grande. Cabe a ele dosar as iniciativas e fazer mais com muito menos.
Conhece o caminho das pedras e sabe bem que não precisa inventar a roda. É só espremer os limões e adoçar a limonada.
Mas, para isso é preciso apoio. Deixem-no trabalhar em paz. A cidade merece um tempo novo.
Boa sorte, Chicão!
P.S. – Sou mais um paulojacintense a torcer pelo sucesso.