Não sei o que está acontecendo comigo, acho que estou perdendo a compaixão. O vídeo que viralizou na internet, onde o Bolsokid Flávio desaba no choro, me deu crise de risos e vontade de nadar nas lágrimas. Assista AQUI.
Aliás, já sei. É que eu tenho nojo de mentiras e, principalmente, de hipocrisia. O cidadão de bem que, junto com o pai, era um contumaz crítico do foro privilegiado, hoje apela para tal artifício para tentar se livrar das acusações gravíssimas que pesam sobre seus ombros.
Enfim, quanto mais se explica, mais ele se afunda. Uma pessoa honesta já teria se apresentado ao Ministério Público espontaneamente e dirimido qualquer dúvida.
Mas, ele prefere se esconder e depois dar entrevistas à TV do dono do Baú da Felicidade e à outra que deu furos de reportagem históricos como a grávida de Taubaté e o ET Bilú. Ambas são de aliados do papai presidente. Aliás, o senador carioca poderia fazer, ao menos, uma pontinha numa novela bíblica desta.
Está ficando cada vez mais difícil explicar os depósitos estranhos em sua conta. E como essas operações ocorriam de forma sistemática. Agora, a Folha de S. Paulo revela que Bolsokid comprou dois apartamentos em áreas valorizadas do Rio de Janeiro no valor total de R$ 4,2 milhões no período de 2014 a 2017.
E olha que grave: “O período da aquisição dos imóveis pelo filho de Jair Bolsonaro é o mesmo em que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) teria detectado movimentação de R$ 7 milhões nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, segundo reportagem do jornal O Globo publicada neste domingo (20)”.
São indícios fortíssimos, devidamente comprovados e não explicados. Muitos tentam passar o pano, dizendo que votou no pai e não no filho. Ou são ingênuos ou idiotas.
São a mesma patota que vociferavam impropérios contra Lula por que Lulinha era dono da Friboi, tinha uma Ferrari e até um avião revestidos de pedras preciosas. Dona Marisa, segundo o esgoto do Whatsapp, faturou mais de R$ 11 milhões vendendo Avon. Todas são informações comprovadamente mentirosas.
Não acredito que o pacto pela governabilidade do PT foi construído sobre um alicerce de santidade. Quem dever, que pague. Mas se o objetivo é acabar com a corrupção, não se deve ser seletivo na indignação.
E nem se indignar com mentiras e fechar os olhos para fatos.