Diante do fiasco em suas medidas contra a pandemia mais e as crises econômica e hídrica, a popularidade do presidente Jair Bolsonaro despencou. E para tentar reverter este quadro, ele cai de cabeça em uma semana de viagens e obras para marcar os mil dias de governo.
Nesta terça-feira (28), uma de suas passagens foi o município de Teotonio Vilela, para a entrega de 400 moradias populares no Residencial Dr. Marcelo Vilela.
Apesar da alta do dólar, que elevou também o preço de alimentos, combustíveis e toda uma outra cadeia econômica, que resulta em inflação acima da média, o presidente, claro, foi recebido aos gritos de mito. E garantiu para si os cliques ao ser recepcionado por centenas de pessoas.
E dentre as figuras presentes ao lado de Bolsonaro, estavam o presidente da Câmara e aliado Arthur Lira, mais o ex-presidente e entusiasmado defensor de Jair, o senador Fernando Collor:
“Bolsonaro tem determinação e defende o interesse da imensa maioria da população brasileira. O Brasil é hoje, a despeito de todas as mentiras propaladas ao léu, o segundo país do mundo que mais vacinou seu povo. É preciso destacar os desafios enfrentados por Bolsonaro como a pandemia e a seca e mesmo assim muitos querem dizer que a culpa é do presidente porque não choveu e porque teve uma pandemia”. Fernando Collor.
O ex-presidente, no entanto, se esqueceu de dizer que Bolsonaro até hoje defende tratamento precoce, que aceitação de vacinação é algo positivo no histórico do povo brasileiro e que se não houvesse descontrole de queimadas no Amazonas e Pantanal, a situação hídrica seria diferente.
Antes mesmo da chegada, Collor e Bolsonaro já faziam questão de antecipar o evento.
Quando discursou, Bolsonaro voltou a falar dos impostos estaduais e defendeu que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve ter um valor fixo no Brasil. “Peço a Deus que ilumine os parlamentas para que aprovem esse projeto na Câmara e, depois, no Senado”, disse o presidente que culpa a inflação por causa dos outros, não dele.
O prefeito Peu Pereira, do Progressistas de Arthur Lira, também falou positivamente do presidente, classificado por ele como um homem “humilde”. A entrega das chaves, de forma simbólica para duas famílias, contou ainda com a presença do ministro Rogério Marinho.