28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Collor defende Bolsonaro em Alagoas: ‘não tem culpa pela pandemia ou falta de chuva’

Presidente participou da entrega de moradias município de Teotonio Vilela em evento comemorativo dos 1.000 dias de governo

Diante do fiasco em suas medidas contra a pandemia mais e as crises econômica e hídrica, a popularidade do presidente Jair Bolsonaro despencou. E para tentar reverter este quadro, ele cai de cabeça em uma semana de viagens e obras para marcar os mil dias de governo.

Nesta terça-feira (28), uma de suas passagens foi o município de Teotonio Vilela, para a entrega de 400 moradias populares no Residencial Dr. Marcelo Vilela.

Apesar da alta do dólar, que elevou também o preço de alimentos, combustíveis e toda uma outra cadeia econômica, que resulta em inflação acima da média, o presidente, claro, foi recebido aos gritos de mito. E garantiu para si os cliques ao ser recepcionado por centenas de pessoas.

E dentre as figuras presentes ao lado de Bolsonaro, estavam o presidente da Câmara e aliado Arthur Lira, mais o ex-presidente e entusiasmado defensor de Jair, o senador Fernando Collor:

“Bolsonaro tem determinação e defende o interesse da imensa maioria da população brasileira. O Brasil é hoje, a despeito de todas as mentiras propaladas ao léu, o segundo país do mundo que mais vacinou seu povo. É preciso destacar os desafios enfrentados por Bolsonaro como a pandemia e a seca e mesmo assim muitos querem dizer que a culpa é do presidente porque não choveu e porque teve uma pandemia”. Fernando Collor.

O ex-presidente, no entanto, se esqueceu de dizer que Bolsonaro até hoje defende tratamento precoce, que aceitação de vacinação é algo positivo no histórico do povo brasileiro e que se não houvesse descontrole de queimadas no Amazonas e Pantanal, a situação hídrica seria diferente.

Antes mesmo da chegada, Collor e Bolsonaro já faziam questão de antecipar o evento.

Quando discursou, Bolsonaro voltou a falar dos impostos estaduais e defendeu que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve ter um valor fixo no Brasil. “Peço a Deus que ilumine os parlamentas para que aprovem esse projeto na Câmara e, depois, no Senado”, disse o presidente que culpa a inflação por causa dos outros, não dele.

O prefeito Peu Pereira, do Progressistas de Arthur Lira, também falou positivamente do presidente, classificado por ele como um homem “humilde”. A entrega das chaves, de forma simbólica para duas famílias, contou ainda com a presença do ministro Rogério Marinho.