Ao votar a favor da PEC da Transição, o senador Fernando Collor (PTB) justificou que mais de 50% da população alagoana vive na condição de “extrema pobreza”.
Collor publicou nas redes sociais que 1,7 milhão de alagoanos passam fome e que por isso votou sim. Não mencionou, contudo, o telefonema que recebeu do presidente eleito, Luiz Inácio.
Ao falar da fome, esqueceu de dizer o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) negou a existência de famintos no País, apesar da corrida de milhares à fila do osso em algumas regiões do País.
Enfim, a PEC foi aprovada no plenário do Senado de goleada 64 votos a favor e 16 contra.
Com isso o futuro governo Lula garantirá orçamento de R$ 145 bilhões para o programa Bolsa Família, além de um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos, fora do teto de gastos.
Também votaram a favor da PEC os senadores Renan Calheiros (MDB) e Rodrigo Cunha (UB).
Renan sempre foi aliado histórico do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Collor se revelou bolsonarista durante a campanha eleitoral e Cunha circulou pelos muros do tucanato, dividido entre o bolsonarismo e a falsa ideia de isenção.
A PEC aprovada no Senado agora segue para a Câmara, onde o governo tende a enfrentar uma resistência maior, embora já com a certeza de que a matéria será aprovada.
São os ventos da mudança soprando forte.