E o ministro Ricardo Salles, o valentão investigado por corrupção no esquema criminoso do contrabando de mdeiras, está com medo de depor em dois inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sales, o ministro do Meio Ambiente, pediu ao Supremo para só prestar depoimento ao amigo Procurador Geral da República, Augusto Aras. Isso por que a Polícia Federal quer fazer a oitiva dele nos casos em que foi denunciado por corrupção, onde consta que movimentou uma continha de R$ 1,7 milhão, após sua entrada no ministério.
Do que tem medo agora o senhor Salles?
O curioso é que nas esferas do governo há sempre um mais valente para dizer que quem tem medo de polícia é bandido. Se não é uma mera falácia, Salles então está em maus lençóis.
A casa já caiu e o ministro parece estar vendo a “boiada” que criou invadindo seu cercadinho cheio de mimos dos madeireiros ilegais, líderes de uma organização criminosa, como relatou a Polícia Federal no inquérito.
Outra máxima em voga no circuito atual é “quem não deve não teme”. Mas Salles está com medo de depor. Pede socorro a Aras, o Procurador que teve como padrinho o senador Flávio Bolsonaro, para chegar à Chefia do Ministério Público Federal.
Ou seja, o ministro apela: -Alguém me proteja, por favor.
E Aras quer ser grato ao chefe por ter lhe dado o comando da Procuradoria Geral da República.
Não faz muito tempo que todos estavam berrando contra a corrupção. Hoje, a história é empurrar cada vez mais para debaixo do tapete e negar, mentir, atacar os fatos e fontes do malfeito.
São as faces do obscurantismo em evidência, que não lhe permite enxergar que há outra máxima recorrente a todo instante:
-Pau que bate em Chico, bate em Francisco.
Enfim, tudo é madeira!