
Com o avanço da tecnologia e a digitalização de quase todos os aspectos da vida cotidiana, proteger senhas pessoais deixou de ser uma preocupação apenas técnica e se tornou uma necessidade básica. Do streaming de séries ao uso de aplicativos bancários, praticamente tudo exige um login seguro — e é aí que muitos ainda cometem erros.
Um estudo recente da empresa de segurança digital Kaspersky revelou que o Brasil lidera o ranking global de países mais afetados por ataques cibernéticos que visam o roubo de dados e senhas. Os especialistas alertam: palavras-chave simples, como “123456”, são portas de entrada para hackers.
De acordo com orientações do Banco do Brasil, criar uma senha forte exige atenção a oito práticas fundamentais: usar pelo menos oito caracteres; misturar letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos; evitar dados pessoais como CPF, nomes de familiares ou datas de nascimento; não repetir a mesma senha em vários serviços; evitar termos óbvios, como nomes de pets; nunca compartilhar a senha com terceiros; não deixá-la anotada em locais de fácil acesso; e alterá-la regularmente, de preferência a cada seis meses.
Além dessas recomendações, a autenticação em dois fatores é altamente recomendada para aumentar a proteção. Esse recurso exige uma segunda etapa de verificação ao acessar contas, reduzindo drasticamente as chances de invasão. O uso de aplicativos para gerar e armazenar senhas complexas também é uma medida eficiente para reforçar a segurança digital.
Um levantamento feito pela NordPass, em parceria com a NordStellar, expôs as 20 senhas mais usadas por funcionários de grandes empresas no Brasil. A lista inclui combinações extremamente frágeis como “123456”, “qwerty123”, “abc123” e até nomes próprios como “gabriel”. A pesquisa analisou um banco de dados com 2,5 terabytes de informações vazadas, mostrando que, em muitos casos, essas senhas estavam ligadas a e-mails corporativos, evidenciando o risco dentro de ambientes profissionais.
Segundo o comunicado oficial da NordPass, o estudo foi feito apenas com dados expostos publicamente, sem aquisição de informações privadas, e o foco foi identificar padrões em senhas comprometidas por malwares ou vazamentos.