Os casos de compra de votos na capital e no interior de Alagoas vão pipocando, discretamente, com o mínimo de fiscalização. Se as forças de segurança apertarem o cerco o estouro vai ser grande.
Até então, revelados à imprensa, foram os casos de um agricultor de Lagoa da Canoa, no Agreste alagoano, e outro no bairro do Clima Bom, em Maceió. Duas pessoas presas e a confirmação de que estavam com dinheiro em seus carros para a compra de votos
Agora, as investigações serão conduzidas pela Polícia Federal, conforme a lei.
Mas, o que se sabe de fato é que até o domingo as malas recheadas estarão viajando por BRs, rodovias estaduais e estradas vicinais, no cumprimento dos roteiros traçados pelos candidatos viciados na compra de votos.
Nesta sexta-feira, um cabo eleitoral descia para a garagem do prédio onde mora na Ponta Verde e foi perguntado pelo vizinho, como estava a compra de votos na capital e no interior do Estado.
O cidadão não se fez de rogado e revelou um detalhe: -Olha, dinheiro tem e muito. O que falta agora é cadastro para comprar.
Mas nesse meio há os mais espertos que criam o leilão de última hora. Assim, quem der mais leva o pacote à urna.
O lance mínimo, no leilão, está a R$ 200.
Enfim, nesse processo, quem lidera mesmo é o dinheiro vivo.