20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Confiança do Empresário do Comércio em Maceió é a mais alta dos últimos 15 meses

Após três altas sucessivas, indicador atingiu a marca de 120,4 pontos

Após três altas sucessivas, a confiança do empresário do Comércio de Maceió chegou, em agosto, ao maior patamar dos últimos 15 meses. De acordo com a pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), realizada pelo Instituto Fecomércio AL em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o indicador atingiu a marca de 120,4 pontos.

Esse desempenho representa uma recuperação das expectativas otimistas do empresário, “algo parecido só foi visto, recentemente, em abril de 2020, quando estávamos no início da pandemia e seus impactos ainda não tinham sido sentidos pelos empresários do setor”, avalia Victor Hortencio, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL).

A retomada do otimismo começou após a queda de maio, mês em que o indicador registrou o pior desempenho de 2021, ficando em um quadrante negativo de 98,9 pontos. Considerando que em agosto de 2020 o nível de confiança foi mais baixo ainda, com apenas 85,7 pontos, a variação anual traz um número positivo, pois o indicador cresceu 40,49%. O baixo desempenho do ano passado refletia o momento crítico de paralisação parcial das atividades econômicas causada pelo agravamento da pandemia de Covid-19 nos primeiros meses daquele ano.

Na variação mensal, entre as subcategorias do ICEC, o único subíndice que apresentou variação negativa foi o da Situação Atual dos Estoques, com queda de 3,3%. “Esse resultado pode ser entendido pela proximidade do final do ano, fazendo com que os empresários esperem um pouco mais para renovarem seus estoques e se organizarem para o período mais dinâmico em termos de vendas, que é dezembro”, explica o economista.

Já na composição setorial do indicador, houve crescimento de 14,3% (julho/agosto) no subíndice que mensura as Condições atuais do Empresário do Comércio. Isso foi consequência de um crescimento simultâneo dos três índices secundários: o de Condições Atuais do Comércio (15,8%), o de Condições Atuais da Economia (12%) e o de Condições Atuais das Empresas Comerciais (14,6%).

Variação positiva também na percepção das Condições Atuais do Empresário do Comércio, que cresceu 122% quando comparado ao mesmo período de 2020. “Esse crescimento está relacionado ao funcionamento, sem muitas restrições, do comércio em todos o país, somado ao bom desempenho da campanha de vacinação e à consequente diminuição dos números de óbitos causados por complicações do Covid-19”, analisa Victor.

Ele acrescenta que o crescimento, embora de forma lenta, do volume de vendas do comércio varejista também vem contribuindo para a construção deste cenário mais otimista, já que no acumulado do ano (janeiro/julho) houve elevação de 5,7% e, nos últimos 12 meses, um aumento de 5,9% neste volume de vendas, evidenciando um resultado positivo.

Ainda de acordo com a pesquisa do Instituto Fecomércio AL, com desempenho positivo em todas as suas variantes, o subíndice de Expectativas do Empresário do Comércio cresceu 3,6%. “Certamente as expectativas quanto à economia brasileira estejam sendo impactadas pela escalada crescente da inflação dos custos de produção, como combustíveis, energia elétrica e alimentos”, pondera.

Aumento semelhante teve o subíndice Investimento do Empresário do Comércio com 3,7%. Em sua composição, o indicador que mensura a contratação de funcionários foi o de melhor desempenho com um aumento de 9,3%, refletindo o saldo positivo entre contratações e desligamentos em Maceió, que, segundo o CAGED, é de 4.897 postos de trabalho só nos segmentos de Comércio e Serviços, até julho.