Por mais animados que estejam os governistas no Planalto com os novos comandos do Senado e da Câmara, respectivamente, senador Davi Alcolumbre e deputado Hugo Motta, os sinais emitidos por eles mostram que 2025 não será um ano fácil, do ponto de vista da relação entre os poderes.
Embora, ambos falem em democracia e respeito à Constituição, mas a verdade é que tudo não passa de pano de fundo para encobrir os mecanismos de pressão, em defesa dos interesses bem específicos dos parlamentares.
É só observar as entre linhas. Motta disse ao ser empossado que “a Câmara estará pronta para reforçar a democracia, mas quer também seu papel nas decisões e no orçamento brasileiro“.
Ou seja, recado dado sem meias palavras.
Com Alcolumbre não foi diferente. Defendeu a plenos pulmões a obrigatoriedade do pagamento das emendas parlamentares RP9 – o orçamento secreto – bem como as emendas impositivas, sem interferência de quem quer que seja.
As emendas foram bloqueadas pelo ministro do STF, Flávio Dino, em razão da falta de transparência, sobre a utilização dos recursos, que, inclusive, tiveram forte influência nos resultados da eleições municipais do ano passado.
Por fim disseram que o Congresso quer manter sua independência, garantir suas prerrogativas e exigir respeito do Executivo e do Judiciário.
Recado mais claro não existe. É assim: Liberem o dinheiro e está tudo certo!
Do contrário, certamente, o pau vai comer…