Termina na próxima terça-feira, 1º de abril, conhecido como o “dia da mentira”, o prazo estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para que a Advocacia-Geral da União (AGU), a Câmara e o Senado enviem explicações sobre a resolução do Congresso Nacional que estabelece novas regras para emendas parlamentares.
Isso por que o texto aprovado pelos parlamentares mantém as mesmas irregularidades e a falta de transparência sobre o chamado orçamento secreto. O texto aprovado autoriza deputados e senadores a negociarem recursos para determinados locais, sem que seus nomes apareçam nos registros. No imbróglio criado, o dinheiro vai apenas com o nome do líder de cada partido.
O STF atendeu a uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) movida pelo Psol que acusou a existência de uma nova fase do orçamento secreto. Para o partido a “emenda dos líderes é uma forma de esconder quem é quem” na distribuição de bilhões de reais vias as emendas.
De acordo com o deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ) o Congresso não conseguirá explicar porque manteve as brechas no texto final aprovado porque o objetivo de parte dos parlamentares é impedir que os recursos tenham a devida transparência.