28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
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Considerado, a turma do Gabi e receita do Cordeirão para jogador ‘lombrado’

Quando Considerado e a turma do Gabi se encontram, nem o Monge escapa.

A turma do “Gabi”, abreviatura de Bar do Gabiru,  decidiu assistir a um dos jogos da Copa na loja de Conveniência do Posto Jardins, que também tem um apelido em grau aumentativo sintético. Mas, deixa para lá, pois é problema…

O proprietário do Posto, Bill Arapiraca, um dos líderes da turma, não gosta do apelido colocado no seu qualificado empreendimento, mas costuma reunir os parceiros de resenha no local. Entre eles, Considerado, Batoré, Belleboi, Magistrado, Monge, Silvio Paizinho, Coleguinha, Cerveró, Ôio Kombi, Cordeirão, Purê, Portuga, Geni Maravilha, Sargento Garcia, Davan Tonelada, Pastor, Pequeno Ponei, Papudão, Manguito, Delegado, Fumacê, entre outros pés de cana que a memória, provavelmente sobre efeito etílico, já não permite lembrar.

Mas, a cada encontro um bolão e apostas envolvendo sempre um bom litro de uísque. Isso para revolta de Silvio Paizinho que declarou na farra que sua adega já havia sido desfalcada de 8 litros de Old Parr. Foram levados pelo filho Batoré ou Babá, para pagar apostas no grupo.

-Não acredito. -Disse o Considerado, que apresentou outra versão para a história das apostas do “Babá”. -Tenho quase certeza que ele está levando dinheiro da tesouraria da escola do cunhado, na Rotary.

-Ladrão é você e sua avó, a quenga do Fumacê!

Antes que se pegassem, após o berro do Babá, o Monge apelou para a serenidade no grupo, para que todos pudessem assistir e torcer em paz pelo Brasil. -Tenhamos leveza e deixemos entrar em nós a energia mongeal, catalisada do mosteiro para o interior de cada um de nós.

-Eu estou achando que esse Monge foi coroinha lá em Serra Talhada. É por isso que vive com essa história de deixar entrar alguma coisa em alguém. -Sugeriu o Tonelada.

Para não alimentar mais desavenças, Cordeirão, com seu porte de primeiro bailarino do Bolshoi, interviu na história querendo fazer um bolão sobre o número de quedas do nosso craque Neymar, no próximo jogo da seleção.

-Ele parece que joga lombrado…

Ante o diagnóstico do Fumacê, Coleguinha tentou abreviar a conversa: – Lombrado és tu que vives a fumar maconha estragada no Carvão.

Foi aí que Cordeirão contou uma história do seu tempo de Fisioterapeuta do São Domingos, time de futebol que fez história sob a direção do empresário Miguel Spinelli, entre o fim dos anos 60 e meados de 70. Na época, não havia muito controle sobre doping no esporte. Estimulantes eram consumidos por muita gente boa de bola.

-Neymar não joga dopado, mas eu conheci alguns no São Domingos…

-Quem eram os craques lombrados Cordeirão? – Perguntou o Pastor.

-Na verdade, um deles me surpreendeu.

-Como assim?

-Era dia de clássico, CSA e São Domingos e no vestiário o Canhoteiro me chamou num canto e disse “doutorzinho”, arranje um negócio aí que eu estou nervoso e se não tiver eu não jogo. Fiquei apavorado. Não tinha nada e mandei ele para o campo. O cara sentou num canto de parede se tremendo e disse que não ia.

-Ele não jogou?

-Eu fui no vestiário do CSA chamei o Castanha e disse rapaz tenho um jogador passando mal e  pedi duas Aspirinas. O Castanha disse que tinha outro comprimido e me deu dois.

– E você dopou o rapaz?

-Eu fui lá botei os dois comprimidos na mão dele e cinco minutos depois o Canhoteiro estava dando saltos de três metros de altura dentro vestiário, alegre e gritando que agora ninguém segurava ele. Depois disso foi para o jogo…

-E qual foi o resultado?

-Ele voou em campo e o São Domingos ganhou o jogo por 2 a 0, com os dois gols do Canhoteiro.

-Que comprimido bom foi esse?

Ele tomou o Enterovioform, que só serve para a diarreia.