Segundo o presidente da Fifa, Gianni Infantino, a maioria das associações de futebol é a favor de aumentar o tamanho da Copa do Mundo de 2022, no Catar, para 48 seleções e com algumas partidas disputadas em países vizinhos.
A Fifa tomará uma decisão até junho, quando um estudo sobre o assunto estiver concluído.
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Barein e Egito lançaram um boicote diplomático e comercial ao Qatar, acusado o país de apoiar o terrorismo, o que o país nega. “Estamos fazendo futebol, não política”, disse Infantino.
A Fifa decidiu em uma votação de 2017, elevar o tamanho do torneio para 48 seleções a partir de 2026 mas, desde então, Infantino tem considerado a possibilidade de antecipar a mudança para 2022.
Catar 2022
Por causa do calor, a Copa será disputado no inverno árabe e ser o primeiro torneio com 48 seleções. E esta expansão depende apenas do presidente da Fifa, Gianni Infantino.
O mandatário do futebol internacional pressiona para que o Mundial de 2022 aumente os 32 times que jogaram na Rússia neste ano para 48, embora tenha sido combinado anteriormente que a ampliação do evento aconteceria quando Canadá, México e Estados Unidos dividirem a sede da Copa de 2026.
Daqui 8 anos, enquanto o domínio de Trump sediará 60 partidas, os outros dois terão 10 cada. Isso mesmo: desde 1998 a Copa do Mundo, que tinha 32 equipes e 64 jogos, inflará para 48 países em 80 partidas.
“Estamos analisando. Se é possível, por que não?”, disse Infantino no mês passado. “Estamos conversando com nossos amigos cataris, estamos conversando com nossos muitos outros amigos na região e esperamos que isso possa acontecer.”
Política Internacional
O Catar ainda não se manifestou sobre a ideia, mas anteriormente se mostrou cauteloso a respeito da capacidade do país para organizar um torneio com mais de 32 equipes.
Os organizadores só estão construindo oito estádios para a competição de um mês. Qualquer ampliação criaria a possibilidade de o Qatar ter que dividir algumas partidas com seus vizinhos, mas o país está sujeito a um bloqueio econômico imposto por quatro deles.
Em meados de 2017 a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito cortaram os laços comerciais e de transporte com Doha, acusando-a de apoiar o terrorismo e o Irã – o que o Catar nega.
O Qatar está investindo impressionantes US$ 200 bilhões para sediar o torneio, mas Al Thawadi disse que só entre 8 e 10 bilhões estão sendo gastos nos estádios.
Novo Formato
Antes, 32 equipes dividias em 8 equipes de quatro. Classificam-se as duas melhores de cada, com 16 equipes se enfrentando em mata-mata. Agora, serão 48 equipes em 16 grupos de apenas três seleções. Passam as duas melhores, com 32 equipes se enfrentando num mata-mata que começa com um 16 avos de final.
Para ser campeã, um país ainda precisa disputar sete partidas. Entretanto, eliminadas podem cair depois de disputar apenas dois confrontos.
Com apenas três jogos por grupo (uma equipe sempre folgará por rodada), a FIFA já demonstra preocupação com empates amigáveis, como o 0 a 0 de França e Bélgica, ou equipes que abrissem mão dos gols, caso de Japão contra Senegal.
A Fifa levanta uma possibilidade: disputa de pênaltis ao final de cada partida como uma forma de evitar empates. Desta forma, todos os classificados seriam decididos por pontos conquistados e não por outros critérios — como saldo de gols, por exemplo.
Vagas
A América do Sul deve ter seis vagas diretas na Copa, com mais uma na repescagem. Atualmente são quatro mais uma. Desta forma, o Brasil nunca mais fica fora de um mundial (são apenas 10 países no continente). Essa ainda pode sofrer alterações, mas houve um acordo prévio entre as seis confederações nos seguintes termos:
Uefa: 16 vagas
África: 9,5 vagas
Ásia: 8,5 vagas
Conmebol: 6,5 vagas
Concacaf: 6,5 vagas
Oceania: 1 vaga
África, Ásia, América do Sul e Central disputarão ainda, em repescagem, duas vagas entre quatro países.
Hipótese de pesadelo
No reino das ideias e levando em conta o ranking da Fifa, que já não é dos mais acurados, realizamos aqui como seria o formato já da próxima Copa. Para isso, colocamos em todos os grupos os 15 mais bem posicionados do ranking, mais Catar, país sede. Depois, sorteamos os países europeus de forma que não houvesse mais de um por grupo.
Finalmente as outras federações tiveram seus países distribuídos nos 18 grupos: apenas um de cada federação por grupo. E o resultado, hipotético e no ranking de hoje, foi essa aberração abaixo.
Se o Brasil queria ter sido hexa, a chance foi neste 2018. Da próxima Copa em diante, o mundial será um animal completamente diferente.