18 de março de 2025Informação, independência e credibilidade
Expresso

Copom eleva em 1% a taxa de juros e Paulão acusa Campos Neto de servir apenas a interesses dos bancos

Deputado diz que presidente do BC age por interesses próprios por ser dono de offshore e agente ativo do mercado finaceiro

 

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa Selic de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano, nesta quarta-feira, 11, foi considerada pelo deputado federal Paulão (PT) como escandalosa e antinacionalista.

“É impossível não questionar o senhor Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), que em sua última reunião, antes deixar o banco, promove o aumento de 1 ponto percentual na taxa de juros. Ele, sem dúvidas está servindo apenas aos interesses de banqueiros, do mercado financeiro e dele mesmo que é dono de offshore em paraíso fiscal internacional”, disse o deputado.

Na visão do parlamentar, a decisão do Procon comandada por Campos Neto traz um grande prejuízo para o brasileiro comum que não sabe exatamente a dimensão da especulação da moeda no mercado financeiro e acaba pagando mais caro por qualquer produto, enquanto os investidores saem no lucro.

Disse ainda o deputado que Campos Neto trabalha para a elite ligada a ele e não para o povo brasileiro. “Como aprendiz do bolsonarista Paulo Guedes, ele está se saindo pior que o mestre que o levou para o Banco Central durante o governo passado”, reforçou o parlamentar.

Paulão ainda questionou o fato da autonomia do Banco Central. Há mais de 30 anos, segundo disse o BC era uma instituição do estado brasileiro que funcionava com determinação e clareza na economia brasileira. “No governo Bolsonaro, a primeira pauta da Câmara, na gestão do colega deputado Arthur Lira (PP), enquanto presidente do parlamento tornar o banco uma entidade autônoma. O que estamos vendo é que essa autonomia só está servindo aos interesses dos poderosos, endinheirados, banqueiros e a elite da Farias Lima”, destacou.

Para Paulão, o argumento do Copom, levantado por Campos Neto, de que a economia do país está aquecida e o emprego está em ascensão, o que cria condições para um risco inflacionário, “é um argumento pífio e totalmente contrário as necessidades de desenvolvimento do País. Esses atores haverão de ser cobrados, mais cedo ou mais tarde pelas atitudes impatriotas contra o governo do presidente Lula”.

Disse ainda não ter dúvidas de Campos Neto vai atuar no mercado da especulação financeira, tão logo deixe a condição de presidente do Banco Central. “Será sem dúvidas bem acolhido pelos parceiros dele, que o motivaram a agir desta forma”, concluiu.